A COXINHA DA DISRUPÇÃO E A CULTURA DE STARTUP

Falo em minhas palestras e escrito em artigos muito sobre cultura de startup. Mas afinal, como podemos definir cultura de startup?

Startup é uma instituição humana criada através do propósito de pessoas que a partir da sua essência resolve problemas reais. Estes problemas reais geram riqueza e lucro. Se são propósitos fazem sentido aos envolvidos e ao mundo. Tendo como cenário a mudança do comportamento que hoje é a única certeza que temos esta startup tem que nascer com a mente da transformação constante.

Transformação constante, essência, propósito e espiritualidade são os elementos da cultura de startup. Tenho, portanto, alguns pontos para explorar com meu amigo leitor.

Transformação é todo comportamento não possível de ser previsto. Se tentarmos entender como as pessoas iram consumir produtos ou serviços corremos o sério risco de criar processos que não fazem sentidos. Se perguntarmos a ele “ser humano” como ele quer consumir este recurso que eu ofereço ao mundo podemos com uma margem muito maior acertar a forma de oferecer este produto ao mercado. Ou seja, ouvir primeiro e depois construir algo é cultura de startup.

CULTURA DE STARTUP COMO CENTRO DA TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO

A existência do homem nunca foi tão questionada como atualmente. Vejo e encontro centenas de pessoas semanalmente que questionam a mesma coisa. Afinal por que estou neste mundo. Estou finalizando uma formação em psicanálise e minha maior surpresa ao começar a mergulhar no inconsciente foi me deparar com as mesmas questões do consciente. Afinal, por que estamos aqui? Se nossa existência não tem sentido por que viver?

Fácil entender o número enorme de suicídios atualmente. Milhões de seres humanos não sentem sentido em existir. A dor é insuportável e querem terminar logo com isso. Descobrir nossa essência é fundamental para que a vida não seja uma jornada turística, apenas de fotos sem realmente deixar marcar verdadeiras de amor. Saber sua essência é cultura de startup.

Quando nossa essência reluz em nossa alma e na vida fica simples entender os seres humanos que tem proposito definido e claro. Eles são insuportavelmente inquietos, inconformados e transformadores. Fazem do velho o novo ressignificando o antigo. Fazem da economia falida uma nova oportunidade. Não criam pré-conceitos derrubam muros e vencem a descrença com novas abordagens. Esse enfim é o ser humano que faz sentido no mundo.

Confesso que começo a ver legiões destes seres empoderados gritando por todos os lados e cantos. Entenda, cultura de startup não é apenas startup. Cultura de startup é uma nova forma de ver o mundo, transformando a realidade com nossa essência e dando sentido a tudo com nosso propósito. Mas, falta ainda o centro. Espiritualidade.

COMO UMA COXINHA PODE REPRESENTAR CULTURA DE STARTUP?

Vivemos em um lugar chamado terra. Esta terra tem todas as condições para gerar vida em sua exponencialidade. Olha amigo leitor, exponencialidade é cultura de startup. Em sua origem à terra criou tudo que hoje falamos ser cultura de startup. Como mãe criadora à terra prove a seus filhos (Toda vida gerada por ela), o básico e o complexo para a evolução da vida. Gosto de refletir sobre espiritualidade a partir do prisma da vida.

Se toda forma de vida é o centro da nossa existência, não podemos delegar a ninguém a responsabilidade por manter as condições para a continuidade da existência em abundância de vida. Como mãe à terra rege a vida como um enorme corpo celeste espiritual. Lembre-se caro leitor tudo que é intangível é agradável aos olhos e coração. Enfim, ser humano no centro é cultura de startup.

Como uma coxinha pode ser o tema deste artigo se ele fala apenas de cultura de startup. Sabe amigo, dias desses estava eu no aeroporto de Congonhas em São Paulo quando olhando de longe um quiosque que logo me chamou a atenção fiquei encantado com a diversidade de alimentos literalmente disruptivos. Entenda disrupção como fazer algo realmente novo. Olhei as coxinhas com uma apresentação muito diferente e logo perguntei como eles eram feitos. Bem vamos lá, uma delas era feita de massa integral de batata doce com inhame recheada com frango.

BATATA DOCE, BRÓCOLIS E TOFU

A outra, mesma massa integral de batata-doce com inhame, porém recheada de brócolis com tofu. Aquilo mexeu comigo, pois havia muitos outros produtos muito diferentes dos tradicionais. Eu logo quis entender. Por que vocês criam produtos tão diferentes? Olha tudo que vi ali era afinal cultura de startup. Foi então que as respostas vieram.

Uma das donas me respondeu. Meu caro, tenho duas formas de estar no mercado uma delas é fazer o que a maioria faz aqui dentro. Vendem as mesas coisas caríssimas não deixando escolha para o cliente. Tenho, porém, a minha forma. Eu crio tudo que faz sentido para mim, analisando como as pessoas estão fazendo experiência da alimentação. Ser saudável não basta. Tem que ser gostoso. Não basta, porém, ser gostoso, tem que ser funcional, bem, porém também não basta ser apenas funcional tem que estar alinhando com o mundo e ter requinte. Confesso. Em pouco mais de 10 minutos tive naquele quiosque uma das mais belas aulas de cultura de startups que afinal é também é disrupção.

Gostaria de finalizar este artigo dizendo a você que deveríamos parar agora mesmo de vender o que achamos que fazemos e começar a perceber o que as pessoas sentem ao se relacionar comigo com a minha empresa e com as minhas experiências. Se eu faço bem ao mundo, muitos me seguiram. Se faço mal e deixo marcar de dor no mundo e nas pessoas eu realmente deveria reavaliar minha existência. Um bom começo é começar hoje mesmo uma terapia e em seguida entender o que é cultura de startup!

Gratidão leitor, Benício Filho pelo mundo tentando sempre enxergar as belezas ocultas aos olhos, mas perceptíveis pelo coração e experimentadas pela alma.

SOBRE O AUTOR

Benício Filho

Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC-SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atualmente está em processo de conclusão do curso de bacharelado em Filosofia pela universidade Salesiana Dom Bosco.

Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador da Palestras & Conteúdo, sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio-fundador da Agência Incandescente, sócio-fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal).

Atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu Portfólio). Além de participar de programas de aceleração, como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal) entre outros.

Palestrando desde 2016 sobre temas, como: Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência. Já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2020). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas” e em dezembro de 2020 “Do Caos ao Recomeço”.

Construir conhecimento só é possível quando colocamos o aprendizado em prática. O mundo está cansado de teorias que não melhoram a vida das pessoas. Meus artigos são fruto do que vivo, prático e construo.