INTERNACIONALIZAÇÃO: NINGUÉM COMEÇA GRANDE LÁ FORA, MAS COMO FOMENTAR ESSA ETAPA NA SUA EMPRESA?

Ao longo dos anos, temos nos debruçado sobre as inúmeras dificuldades enfrentadas pelos empresários que desejam internacionalizar suas empresas. Com base em nossa vasta experiência, sabemos que iniciar um processo de internacionalização não é algo trivial.

Além disso, existem dois exemplos que motivam uma empresa a buscar a internacionalização. O primeiro deles geralmente está relacionado a uma motivação pessoal, como uma mudança de vida ou algum desdobramento pessoal que leva o empresário a iniciar esse processo. Já o segundo exemplo é o posicionamento de mercado e a visão de novas oportunidades, o que torna a internacionalização uma temática relevante para as empresas.

Sinceramente, ambas as motivações podem ser fortes o suficiente para iniciar esse processo. No entanto, é importante destacar alguns pontos para entender os desafios envolvidos na internacionalização e a energia necessária para isso.

Uma mudança de paradigma é compreender a dimensão dessa operação. Na realidade, quase nenhum projeto começa com uma presença internacional significativa. Portanto, o foco do investimento deve estar mais relacionado à consultoria que irá apoiar o processo e ao comprometimento da equipe responsável pelo projeto.

Neste artigo, aprofundaremos esse tema, exploraremos possibilidades e apresentaremos a você, empresário, a oportunidade de internacionalizar como uma possibilidade real para a sua empresa.

SUA VISÃO DE INVESTIMENTO DEVE ESTAR FOCADA NO LOCAL ADEQUADO

Quantos projetos acompanhamos em que a maior preocupação do empresário era saber os valores relativos à abertura da empresa ou ao aluguel em Portugal? Embora essas preocupações sejam importantes, elas estão longe de serem tão relevantes quanto o empresário que deseja internacionalizar deve considerar.

O primeiro passo, sem dúvida, é entender se o produto ou serviço planejado para Portugal faz sentido em termos dos mercados consumidores, ecossistema de negócios e possíveis barreiras legais que possam impedir a operação no país. Ninguém começa grande lá fora, isso é fato, mas o início deve estar fundamentado na adequação do que se pretende fazer em Portugal com os produtos ou serviços disponíveis. Uma visão superficial do mercado pode causar confusão e criar uma falsa imagem de oportunidade.

NA INTERNACIONALIZAÇÃO, UM “NÃO” É MELHOR DO QUE UM “SIM” SEM FUNDAMENTO

Durante um programa realizado em uma empresa brasileira este ano, ao longo do processo, ficou claro que não teríamos viabilidade econômica no projeto. No entanto, estudos mais aprofundados revelaram que, apesar do valor de mercado atrativo, devido aos impostos para exportação, não seria possível competir no mercado europeu com um preço viável.

No início, tudo parecia indicar que tínhamos uma grande viabilidade, mas aos poucos percebemos que, com o modelo de negócio que tínhamos, não seria possível competir. Você pode acreditar que seu negócio terá sucesso fora do Brasil, mas as condições de mercado podem mudar tudo. Nesse caso, um “não” é muito melhor do que um “sim” sem fundamento.

Se começar grande não é uma opção, começar errado é ainda pior. Não faz sentido levar para o mercado internacional algo que não terá condições mínimas de competição. Isso é particularmente válido em relação ao preço, mas também encontramos muitos casos em que os sinais de problemas podem estar relacionados ao produto, posicionamento, forma de acesso ao mercado, entre outros. Nos dedicamos bastante a esse ponto, com foco em criar modelos que possam entrar no mercado internacional com sucesso, evitando a falência dos empreendedores.

ENGAJANDO A EQUIPE DE CIMA PARA BAIXO

Quando um processo de internacionalização é iniciado e se percebe a aderência ao mercado, é essencial criar um grupo de trabalho interno e designar um líder de projeto. O engajamento da equipe, com o apoio e, muitas vezes, a liderança dos fundadores, torna o processo uma prioridade dentro da empresa. Isso é fundamental, pois a presença internacional pode gerar diversos desdobramentos internos.

Trabalhar sozinho no programa de internacionalização é arriscado. Isso pode levar ao desgaste do processo e falta de dedicação. Os melhores programas de internacionalização são aqueles em que a equipe está envolvida. Em muitos casos, será necessário envolver equipes de marketing, finanças e jurídico em momentos específicos. O envolvimento da equipe é essencial no programa de internacionalização.

Você pode estar se perguntando: “Minha empresa é pequena e estarei à frente sozinho. Isso pode dar certo?” Bem, minha resposta é que sim, pode dar certo, mas você precisará do nosso suporte para alcançarmos nossos objetivos. O importante é mantermos o foco no programa planejado.

ACESSO AO MERCADO: PROGRAMA DA ATLANTIC HUB

Nesse sentido, gostaria de apresentar nosso programa de acesso ao mercado. A Atlantic Hub desenvolveu processos e jornadas que podem contribuir para ajudá-lo a estabelecer seu mercado em Portugal. Convido você a conhecer melhor como podemos auxiliá-lo.

O primeiro passo é estudar seu produto ou serviço em Portugal. Para isso, é importante que você conheça nosso estudo de mercado, o Market Fit.

O segundo passo é agendar uma conversa conosco para discutirmos as melhores estratégias para você acessar o mercado.

Comece hoje mesmo estudando o seu mercado conosco e iniciaremos corretamente essa nova fase da sua empresa e da sua vida. Tenha certeza de que você está contando com uma equipe que conhece a Europa e estabeleceu bases sólidas em Portugal. Teremos o maior prazer em ajudá-lo nesse processo.

Um forte abraço e deixe seu comentário para nós.

Leia também: OS MELHORES SEGMENTOS PARA INTERNACIONALIZAR

SOBRE O AUTOR

BENÍCIO FILHO

Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP e Filosofia pela Universidade Dom Bosco. Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios. Pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups). Sócio fundador da Agência Black Beans e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis ambos em Portugal. Atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”. Em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “ Metamorfose Empreendedora”.

Construir conhecimento só é possível quando colocamos o aprendizado em prática. O mundo está cansado de teorias que não melhoram a vida das pessoas. Meus artigos são fruto do que vivo, prático e construo.