INVESTIMENTO EM STARTUPS COMO MOTOR DA NOVA ECONOMIA

Que momento incrível de mundo vivemos! Temos hoje a oportunidade única em nossa história, de presenciarmos diante de nós, inúmeros modelos e formas de transformar o mundo. Confesso que gosto da forma, baseado no empreendedorismo.

E neste quesito, você, caro amigo leitor, está com a revista certa na mão ou lendo no modelo digital. Este veículo tem sido nos últimos anos, um importante canal para difundir o conceito do empreendedorismo que eu acredito.

Tenho diante de mim, alguns desafios neste artigo. Em um primeiro momento, gostaria de conceituar o que são startups. E até por isso, vou partir da minha própria experiência, sem falar de outros modelos. Em segundo lugar, falo aqui de nova economia. Vou em rápidas palavras explicar o que é para mim este movimento. E por último, finalmente, quero falar para você sobre a oportunidade que temos de investir em Startups. E para isso, quero também comentar sobre o curso que, em conjunto com a revista Empreenda, realizaremos muito em breve.

Convido você para ler o artigo completo, comentar nas redes sociais e também, caso queira aprofundar, poderá ter acesso a matérias mais profundas e completas, na bibliografia sugerida. Boa leitura para você! Não deixe de comentar e me adicionar nas redes sociais.

UM POUCO DA MINHA HISTÓRIA COM AS STARTUPS

Sou empresário da área de TI há mais de 22 anos. Cerca de 10 anos atrás, motivado pelo ímpeto de diversificar a atuação da empresa, decidi participar de eventos ligados ao tema do empreendedorismo e passei a estudar sobre o assunto. Em um dos muitos eventos em que estive, ouvi pela primeira vez, a palavra Startup. Aquele nome soou estranho e, como uma grande maioria de pessoas, admito que estava cético e com grandes pré-conceitos a respeito. Um deles, e talvez o maior, era o de que existiam apenas Startups de tecnologia e que, quase invariavelmente, faziam aplicativos.  Bem, lá se vão quase dez anos e reconheço que eu estava muito errado. Startup não é modismo, e não se restringe à área tecnológica. Startup é um conceito muito bem estruturado e com características próprias. Eu defino uma startup nos quatro pilares abaixo:

Resolve um problema real;

É composta por um time (sócios) que se complementa;

Tem escalabilidade;

Tem boa margem de lucro;

Parece óbvio, porém, a grande maioria das empresas nunca deveria ter existido. Elas são mais do mesmo, não agregam nada e os problemas que elas se propõem a resolver, outros resolvem melhor.

Em relação ao time, sócio deve ser alguém que complementa, nunca um amigo ou um parente só por que são próximos. Quando os sócios são pessoas com inteligências complementares, 90% das questões complicadas já foram superadas.

Escalabilidade para uma Startup é sair de 100 clientes em um mês para 300 no segundo e 1.000 no quarto. Como conseguir isso? Modelos escaláveis, altamente tecnológicos (quando digo tecnológico nem sempre está associado apenas a sistemas, mas sim processos, por exemplo altamente escaláveis). Uma startup foca 100% em seu core business. Outro ponto interessante é que uma startup que tem como solução um e-commerce, não deve se preocupar com a questão logística. Embora ela seja crucial, quem deve fazê-lo são os especialistas do mercado. Terceirizar, portanto, é um dos pontos fortes de uma startup. Explica-se desta forma, como uma startup, apesar de faturar muito, tem poucos funcionários.

Uma questão que aprendi no universo das startups e que faz todo sentido quando se fala em investir nelas é que lucro não é pecado! Quanto mais lucro uma empresa tiver, mais saudável será sua operação. Margens consolidadas de lucro líquido garantem a saúde financeira da empresa e tornam possível abrir as portas para o crescimento, bem como a expansão dos mercados.

Não há nada de novo em uma startup como você pôde perceber lendo os pontos acima. A grande novidade delas é como elas resolvem um problema essencial e ganham em escala. Em minha visão e o que de fato me desperta para analisar uma startup e em muitos casos investir nela, é entender que “problema essencial ela resolve” como podemos “escalar” esta solução e qual “lucratividade” esta empresa deixa ao final.

Avançando ainda mais no quesito empreendedorismo e nova economia, gostaria de falar para você sobre a transformação que vivemos neste momento histórico e o que não é empreender.

VIVEMOS A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL OU A TRANSFORMAÇÃO DO HOMEM?

Momento especial da história da humanidade e vocês já me ouviram falar sobre isso. Dizer que vivemos em uma época de transformação digital e que tudo ao nosso redor está conectado a tecnologia, também não é mais uma grande novidade. A questão que reflito aqui é mais profunda. Tal transformação que estamos presenciando, será que realmente é um advento da tecnologia? Bem, acredito que ela seja um elemento importante, porém isoladamente ela não traz nenhum avanço para nós como seres humanos.

Sim, caro amigo, é isso mesmo que está lendo. A transformação digital apenas é possível, pois o ser humano hoje, presente neste momento da nossa existência, já foi transformado há algum tempo.

Vivemos nas últimas décadas, uma enorme libertação em todos os sentidos. O mundo respira por seu maior momento de paz, conquistas de liberdades individuais e novos modelos dinâmicos de arranjos da sociedade. Por outro lado, nos aglomeramos em enormes massas humanas (as cidades) como nunca fizemos. Hoje, vivemos muito mais perto do que já conseguimos. Pouca gente no campo e todos juntos nas megalópoles.

A transformação do homem que vivemos hoje, com certeza se deve em boa parte a nossa enorme capacidade de conexão, seja ela por meio da internet e de suas possibilidades ou mesmo pela forma como nos movemos pelos espaços na terra. Voamos hoje, dez vezes mais do que a dez anos atrás. Nossa transformação é realidade, falta agora entender o porquê ainda não somos tão felizes com ela como imaginávamos que seriamos com tanta abundância de possibilidades e tecnologias ao nosso redor. Então, o que não está dando certo?

A questão central é que a tecnologia sempre será meio em nossa vida. Gosto muito de refletir sobre isso. Substituímos gestos simples por tecnologia. Terceirizamos sensações por conexão com o digital e adotamos como experiência, a realidade virtual não o cheiro ou o tato. A transformação digital é incrivelmente fantástica e ela abre as portas para um admirável mundo novo, desde que ela seja meio. Quero dizer que apenas poderemos viver as exponencialidades da transformação digital quando colocarmos o ser humano como centro deste momento da humanidade. Pouco importa ver o mundo sob o olhar de um óculos se perdermos a capacidade de sentir o calor do toque. O que seremos se não fizermos mais silêncio suficiente, para ouvirmos nosso coração bater e nosso pulmão se encher de ar?

Tecnologia sem vida é caos. Caos é a ausência do bem. Nós, humanos, no caos somos mais máquinas do que os computadores. Não tenho medo do que a inteligência artificial pode fazer no mundo, tenho medo mesmo, do que um ser humano que perde sua humanidade, pode fazer neste mundo.

A transformação digital não é sonho, é realidade. Ela não tem volta. Veremos ano após ano, tudo ser digitalizado e novos processos e tecnologias melhorarem nosso dia a dia. Estar atento a isso tudo é fundamental. Mais importante, porém, é voltar ao básico. Respire fundo, feche os olhos e por alguns momentos tente em silêncio ouvir seus batimentos. Se for difícil para você, pense bem no barulho que você anda produzindo no mundo.

NÃO EXISTE GLAMOUR EM EMPREENDER

Empreender tem sido uma das palavras mais pronunciadas recentemente e posso dizer que tenho contribuído para isso. Acredito mesmo que apenas o empreendedorismo pode resolver boa parte dos problemas da humanidade. Utilizo inclusive, em minhas palestras, um slide cujo tema é: “Apenas o empreendedorismo poderá salvar o homem no mundo”.

Sim, o homem, pois o mundo e a natureza continuarão com certeza independente de nós. Porém, por que parece que virou moda falar em empreendedorismo?

Em primeiro lugar, que fique claro que nem todo mundo irá empreender. Para empreender são necessárias algumas capacidades, que é claro, podem ser desenvolvidas, mas que nem todos estão animados a desenvolvê-las. Por outro lado, empreender não é o caminho mais fácil para obter tranquilidade na vida.

Esta reflexão é muito pertinente. Tenho encontrado com muita frequência, jovens ou pessoas mais maduras dispostas a mudar a vida empreendendo. O que tem chamado minha atenção, no entanto, é a relativização das dificuldades que existem em empreender.

A primeira ilusão que a maioria dos vocacionados a empreender caem é a cegueira em achar que seu produto ou serviço é inédito. A esmagadora maioria dos negócios é mais do mesmo com pouca ou nenhuma novidade. Moramos em um país enorme, com grande população e mercado consumidor, e isso leva à segunda ilusão: a possibilidade de empreender para este universo sendo que boa parte dos consumidores poderiam estar em outros países. Poucos negócios hoje existentes no Brasil, realmente poderiam ser exportados. Desta forma, ficamos muito fragilizados quanto a possibilidade de crescimento.

Tendo como mercado nosso país, cabe pensar em uma outra dificuldade. Como ter acesso ao mercado e conquistar clientes? Primeiro porque é nesta fase que validamos se este produto ou serviço terá realmente alguém disposto a pagar por ele. Segundo, vender não é arte, é técnica. Saber como colocar seu produto no mercado exige pesquisa, preparo e conhecimento do produto e do mercado pretendido, sem falar nas diversas variáveis que estão implícitas na venda. Seja ela diretamente para o consumidor ou para empresas, vender sempre é um enorme desafio.

Refletindo sobre os dois pontos acima, poderíamos dizer que empreender pressupõe muito preparo para desafios e dose extra de persistência para validar seu produto ou serviço no mercado. E acima de tudo, muito empenho em testar, aprender e refazer os testes para que o mercado pretendido seja de fato atingido. Veja que outra grande ilusão, e falo aqui por conhecimento de causa, pois vejo isso a todo instante, é delegar todo o esforço de vendas para ações de marketing digital ou campanhas eletrônicas.

A enorme maioria das startups que nascem hoje, acreditam cegamente que conseguirão escalar seu mercado apenas com ações na web. É incrível como o desconhecimento da área de vendas põe a perder inúmeros negócios. Talvez tal situação nasça justamente da glamorização que é hoje empreender.

Não é nova esta frase, porém já ouvimos uma centena de vezes que na vida, 1% é inspiração e os demais 99% são de suor puro, validando seu produto de porta em porta, consumidor a consumidor. Uma boa ideia apresentada em um belo Power Point não suporta as métricas de um Excel quando confrontamos o esforço real com o resultado atingido. Não há mágica em empreender.

Para poder ter sucesso empreendendo em primeiro lugar é sempre essencial ter realmente um produto ou serviço inovador. Não digo algo disruptivo, porém algo que realmente leva ao consumidor uma boa experiência. Em segundo lugar, o time ou equipe que pretende colocar esta empresa de pé precisa gastar muita sola de sapato para validar se de fato, alguém compra, como compra e como interage com a empresa. Entender esta relação é a mágica de escalar os demais consumidores e mercados.

Posso ainda falar do intraempreendedorismo. Nem todo mundo precisa ter um CNPJ, porém todo CPF pode ser empreendedor. Inovar em nosso trabalho e oferecer uma verdadeira experiência de valor nas relações que tenho no meu dia a dia é com certeza uma boa experiência empreendedora. Para finalizar este artigo, gostaria de dizer que apenas quando sei para qual caminho vou, posso tomar a decisão correta. Antes de empreender, saiba que neste caminho não cabe glamour, empreender é trabalhar mais que a maioria, dormir menos que todos, frustrar-se muitas vezes e ouvir mais não do que sim. Será que tem muita gente preparada para isso?

Assim, querido leitor, nasce meu ímpeto de analisar startups. Confesso a você que nos últimos três anos foram mais de 1.500 startups analisadas ao redor do globo. Encontrar startups que solucionem problemas, tenham time complementar e experiente, boas margens de lucro e escala não é nada fácil. Essa tem sido minha principal atividade. Agora sim, após avançarmos sobre o momento de mundo que vivemos, porque as startups podem ajudar este mundo e ainda entendermos o que é empreender e o que não faz sentido, podemos aprofundar a oportunidade do investimento em startups.

INVESTIMENTO ANJO: BOLSO, MENTE E CORAÇÃO

A educação financeira que recebi assim como muitos de vocês, recomendava poupar o que pudesse e investir com o menor risco possível, muitas vezes na famosa poupança. Ao começar a ganhar meu dinheiro, passei a estudar mais sobre o tema e ensaiar pequenos passos rebeldes como, por exemplo, tirar o dinheiro da poupança e investir na renda fixa. Nunca vou esquecer desse dia. Morria de medo de perder dinheiro e ainda ouvir meu pai dizer “ta vendo? Eu falei pra você, com dinheiro não se brinca!”

Muitos anos se passaram e hoje, depois de erros, acertos e muito aprendizado – sobre investimentos e o meu comportamento como investidor, eu tenho uma carteira bem diversa, com finalidades específicas para cada tipo de investimento. Mas todos eles com o objetivo único de fazer o dinheiro render, exceto um.

Eu invisto em startups, como investidor anjo. E esse é um tipo de investimento que não se justifica se for apenas para fazer o dinheiro render. Costumo dizer que um investidor anjo é alguém que coloca uma parte do seu bolso, do seu coração e da sua mente no negócio de outra pessoa, na expectativa de ter retornos em cada uma dessas três dimensões.

Investir em startup pressupõe conhecer o chamado ecossistema empreendedor de startups ou investir com quem conhece este ecossistema e está inserido nele. O investimento em startups nunca deveria ocorrer de maneira isolada ou seja, conhecer uma startup e investir sozinho nela.

O conceito de investimento em startup pressupõe a diluição dos riscos, uma vez que, investir em empresas tem um risco considerável. Investindo em grupo, reduzem-se os riscos e ainda oferece aos empreendedores o chamado Smart Money.  Muito mais que dinheiro, a experiência do investidor conta muito na construção de um negócio realmente inovador.

Gostaria de comentar algumas formas mais comuns de financiamento de startups:

(1) Recursos próprios: os sócios investem capital para início da startup e a partir de um determinado momento a empresa se financia com os próprios resultados. Costuma-se chamar de bootstrapping. O financiamento é limitado pela capacidade financeira dos sócios e pela capacidade da empresa em gerar resultados rapidamente, ou seja, atingir o breakeven e começar a produzir lucros suficientes que permitam investimento.

(2) Investimento anjo: geralmente uma pessoa que conhece o negócio ou mercado em que a startup atua. Muitas vezes é um (ex-) executivo daquele setor, uma pessoa que tem interesse em investir seu próprio dinheiro, tem contatos e pode abrir portas. O anjo traz então capital, experiência e conexões, tipo de investimento que chamamos de smart Money.

(3) Fundos de venture capital: investem dinheiro de outras pessoas (os cotistas dos fundos) e por isso, conseguem um volume de investimento mais elevado para a startup. Poucos são os que atuam no early-stage (Estágios iniciais da criação da startup), pois é mais difícil investir dinheiro alheio em uma fase de risco tão alta. O relacionamento do empreendedor nesse caso é com o gestor do fundo e não com os investidores.

Com base na minha vivência e de meus colegas empreendedores, percebi que ou as startups tentavam sobreviver com recursos próprios – o que não resulta para qualquer tipo de startup – ou tentavam investimento com Venture Capital. E isso significava muito tempo investido e pouco conhecimento de como funcionavam estes fundos, um processo muito frustrante para quem precisa usar seu tempo de forma eficiente.

Quando comecei a fazer o investimento anjo, era uma questão de sorte. Sorte de conhecer alguém da área, que se interessasse pela startup, que tivesse capital para investir, aceitasse correr o risco do investimento, tivesse disponibilidade e possibilidade para ajudar. Era preciso muita sorte!

Quando passei a mentorar startups individualmente ou em programas de aceleração, eu conhecia muita gente interessante, com negócios ou ideias incríveis e que precisavam de ajuda. Percebi que poderia ajudar mais e gostaria de me comprometer mais com a empresa. Meus investimentos já eram bem diversificados, com uma parcela da minha carteira alocada em ativos de alto risco. Então essa questão de mindset para o risco não era um problema.

Mas existiam muitas perguntas: como identificar uma startup na qual acredite e que possa se beneficiar da minha experiência, networking e investimento? Como avaliar? Quanto investir? Quais os instrumentos contratuais para investimento anjo? Como acompanhar depois?

Após muitas conversas identifiquei as possibilidades para investir como anjo:

  • Individualmente em uma oportunidade: um (ex-) empreendedor ou (ex-) executivo conhece uma startup que precisa de investimento. Eles conversam, chegam num acordo e celebram o investimento. Nesse caso, desde a decisão de investir até a contrato de investimento e depois, o acompanhamento da startup e a avaliação sobre a performance do negócio, tudo é feito pelo investidor anjo, sozinho.
  • Coletivamente em uma oportunidade: um grupo de investidores anjo avalia coletivamente algumas startups e os que se interessarem por uma específica, formam um grupo, que negocia com a startup e divide o investimento entre os membros. O grupo então se ajuda na avaliação e negociação do deal e depois se organiza para apoiar a startup.

Aqui o risco é diluído com outros anjos, mas apenas naquela oportunidade. Se o anjo quiser diversificar seus investimentos, pode compor um grupo com outros três para investir em uma startup e com outros oito para investir em outra. Mas terá que gerir essas interações.

  • Coletivamente em portfólio: um grupo de investidores decide somar suas potencialidades de capital e investir em um portfolio de startups. Avaliam e decidem sobre os investimento em conjunto. Cada startup aprovada é investida pela sociedade e não por cada anjo. Todas as etapas, desde o screening de startups até os contratos de investimento, e depois o acompanhamento das startups, e negociação de follow-ons e exits são feitos pelo grupo.

Hoje invisto coletivamente em portfólios. Além da diluição de risco há um outro fator muito importante. Somos uma comunidade: trocamos, aprendemos, ensinamos, compartilhamos informações, fazemos eventos de encontro presencial para falar de negócios e também da vida. Empreendedores que querem dinheiro de qualidade para financiar suas startups e anjos que querem ter retorno financeiro contribuindo para o desenvolvimento dos ecossistemas de inovação com seu capital intelectual, social e profissional, aprendendo com os protagonistas, os empreendedores.

CENÁRIO DE STARTUPS E INVESTIMENTO NO BRASIL

Quando se trata de startups, em questão de investimento, é importante entender como estamos no Brasil, em termos de quantidade, qualidade e oportunidades.

Conforme as figuras abaixo, podemos perceber um bom volume de startups e compreender sua distribuição ao longo do Brasil.

É na figura sete, porém que temos os dados mais interessantes.

Nessa figura, podemos perceber o grau de maturidade das startups. Temos uma boa quantidade em operação, grande quantidade em tração e uma boa porção em escala. Com este cenário, posso afirmar que o Brasil vive seu grau de maturidade em número e qualidade de startups. Os próximos anos assinalam o crescimento exponencial das startups tendo em vista a maturidade do ecossistema e dos empreendedores. Assim, caminhamos para uma percepção, que temos a nossa frente uma excelente oportunidade de investimento em estágios iniciais.

Como comentei alguns parágrafos acima, faço investimento em startups de forma ordenada, estruturada e em conjunto com outros investidores anjos. Fundei a pouco mais de dois anos, depois de longa jornada como investidor, o grupo de investidores anjos Core Angels Atlantic. Com sede em Portugal e boa base de investidores brasileiros, investimos em startups brasileiras com produto ou serviços mundiais em fase de crescimento e acesso ao mercado internacional.

Analisando a figura oito e vendo a relação de investimento comparado proporcionalmente ao PIB, reforço o momento bom que temos em investimento. Temos muito para crescer o que reforça a oportunidade que comentei durante este artigo.

                O investimento em startup é um investimento de risco, mas com altas possibilidades de ganho. A questão central é não depositar mais que 20% do capital existente para investimento, nesta modalidade. Investir em startups é acreditar no potencial de transformação de problemas em negócios lucrativos. Temos, porém, no centro das startups o componente humano. Se faz então necessário e muito importante a curadoria destes empreendedores para realmente entender se o negócio proposto por suas startups estão realmente alinhados com sua vida e com a perspectiva dele para o futuro. Lembrando como também já reforcei, empreender oferece tudo menos glamour.

Quanto mais estudo o universo de investimento e startups mais vejo oportunidades, em especial, no Brasil e em startups brasileiras. Temos ao longo dos anos, percebido a necessidade de profissionalizar o investimento em startups e a Core Angels é parte deste movimento. Porém, precisamos ir além da oportunidade de investimento. Precisamos de mais investidores preparados e com condições financeiras de investir em startups.

Neste ponto, a Revista Empreenda tem tido protagonismo criando treinamentos e novas oportunidades, tanto na difusão do investimento em startups, como na formação desses investidores. Acompanhe a revista em seus diversos formatos e venha conosco neste segmento da economia que não passa por crises. Nos últimos cinco anos, cresceu na média de 30% ao ano tanto em volume de startups, como no volume de investimentos feitos, bem como, no número de investidores que começam a compreender este universo.

O meu site www.beniciofilho.com.br pode ajudá-lo com mais material a respeito dos temas tratados neste artigo, bem como meu instagram @beniciofilho_, que contém muito conteúdo em vídeo, para também oferecer de forma rápida um material leve e objetivo.

Conto com você na difusão deste material e sua companhia para os próximos artigos.

Forte abraço.

Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, metrando pela UNIFESP em Neurologia Oftalmológica na área de Empreendedorismo e pós-graduando em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998.

Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador do Palestras & Conteúdo, Sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups) e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal), atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu portfólio), além de participar de programas de aceleração como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal), entre outros.

Palestrando desde 2016 sobre temas como Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência e já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2019). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”.

Bibliografia sugerida:

A Startup enxuta – Eric Ries

A Startup de $100 – Chris Guillebeau

Fora de Série – Malcolm Gladwell

Alcançando Excelência em Vendas – Spin Selling – Neil Rackham

Smart Money – João Kepler

Organizações Exponenciais – Salim Smail

SOBRE O AUTOR

Benício Filho

Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC-SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atualmente está em processo de conclusão do curso de bacharelado em Filosofia pela universidade Salesiana Dom Bosco.

Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador da Palestras & Conteúdo, sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio-fundador da Agência Incandescente, sócio-fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal).

Atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu Portfólio). Além de participar de programas de aceleração, como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal) entre outros.

Palestrando desde 2016 sobre temas, como: Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência. Já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2020). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas” e em dezembro de 2020 “Do Caos ao Recomeço”.

Construir conhecimento só é possível quando colocamos o aprendizado em prática. O mundo está cansado de teorias que não melhoram a vida das pessoas. Meus artigos são fruto do que vivo, prático e construo.