Acredito que você seja um leitor costumeiro da Empreenda Revista de Portugal. Mas caso este seja seu primeiro contato com nossa revista, escrevo nela desde o seu lançamento. Tenho construído ao longo das edições uma visão real do movimento de brasileiros em Portugal.
Nesta jornada, na edição de lançamento, escrevi um artigo épico relatando em detalhes minha história com Portugal e como construiu uma empresa voltada para empresários e empresárias brasileiros que desejam internacionalizar suas vidas.
Sim, internacionalizar uma empresa é combinar com todos que estão à nossa volta. Muitos destes projetos envolvem projetos pessoais. Criamos assim um leque de questões que precisam estar alinhadas com nossos parentes. Pensando justamente nos desafios envolvidos neste processo, contei neste primeiro artigo toda minha jornada.
Busque esta edição ou leia no nosso site a versão digital. Tenho certeza que este artigo irá ampliar muito sua visão sobre Portugal. Portugal oferece muitas oportunidades mas não devemos olhar este pequeno país como uma nova oportunidade de emprego. Como digo sempre em artigos e palestras que faço, está na hora dos empresários brasileiros gerarem emprego fora do Brasil e não serem empregados.
Partindo deste ponto, portanto, minha visão sempre será como podemos internacionalizar ou empreender em solos portugueses. Caminhando por esta linha, meu segundo artigo na revista Empreenda, foi sobre a necessidade de fazer um bom estudo de mercado. Confesso que, neste artigo, trilhei com os leitores uma linha crucial de fases para o sucesso de um empreendimento em Portugal ou mesmo a negativa na oportunidade imaginada.
Muitas vezes, um não é melhor que um sim. Colocar recursos financeiros e tempo em projetos sem viabilidade de mercado não deveria ser uma possibilidade quando a questão é internacionalizar. Fica a dica para você também buscar este artigo e ler com muita atenção. Neste mês, apresento a vocês outro tema.
Como já me apresentei, sou colunista mensal nesta revista. Você terá comigo mês a mês acesso a conteúdos muito práticos sobre empreender e internacionalizar em Portugal. Neste mês, vamos buscar refletir com você o dilema da adaptação. Afinal, como você deve adaptar ou criar uma estratégia de internacionalização em um ambiente de negócios global?
Venha comigo, faremos uma jornada grandiosa por este tema, sempre tendo como ponto de partida a prática. Fique muito à vontade em comentar este artigo nas redes sociais. Partilhe se estiver com a revista física em mãos com seus amigos. Conhecimento apenas é válido quando compartilhado. Agradeço pela sua companhia e boa leitura.
ELEMENTOS ESSENCIAIS EM UMA ABORDAGEM INTERNACIONAL
Ao longo dos anos, estivemos à frente de diversos processos de internacionalização de empresas brasileiras para Portugal. Cabe destacar que analisamos sempre em um primeiro momento a viabilidade da proposta de valor. Como já disse, não faz sentido iniciar um processo de internacionalização sem que exista uma variabilidade no modelo de negócios.
Assim, cabe explorar diversos aspectos relacionados à expansão de empresas brasileiras ao longo da nossa experiência em mercados internacionais tendo como principal foco Portugal. Um dos pontos centrais que gostaria de abordar é a necessidade de adaptação das estratégias de internacionalização ao ambiente global de negócios.
Isso implica compreender e lidar eficazmente com as diferenças culturais, econômicas, políticas e regulatórias entre os países onde a empresa está presente e os mercados para os quais deseja se expandir.
Ao compreendermos as estratégias de internacionalização, cabe destacar que as empresas têm à disposição uma série de opções, desde a exportação até as fusões e aquisições. Veremos estas possibilidades com maior profundidade neste mesmo artigo mais adiante. No entanto, independentemente da estratégia escolhida, é fundamental que as empresas considerem cuidadosamente como adaptar essas estratégias ao contexto global. Isso inclui não apenas aspectos como a escolha do modo de entrada nos mercados estrangeiros, mas também a capacidade de inovar e se adaptar às demandas e preferências dos clientes globais.
Um tema recorrente ao longo dos processos que lideramos foi a importância da inovação como parte integrante da estratégia de internacionalização. As empresas precisam ser capazes de adaptar seus produtos, serviços e processos para atender às necessidades e expectativas dos mercados internacionais. Além disso, cabe enfatizar a necessidade de buscar constantemente novas formas de criar valor para os clientes globais, por meio da introdução de produtos e serviços inovadores ou da oferta de soluções diferenciadas.
Outro aspecto relevante é o papel do aprendizado organizacional no processo de internacionalização. As empresas precisam ser capazes de aprender com suas experiências no exterior, tanto com os sucessos quanto com os fracassos. Isso inclui não apenas a capacidade de adaptar e ajustar suas estratégias com base no feedback do mercado global, mas também de aprender com as práticas e estratégias bem-sucedidas de outras empresas que operam em mercados internacionais.
Dito isso, quero apresentar a você como adaptar um modelo de negócios para o ambiente global amplia a sua possibilidade de gerar novas frentes de recursos. Clientes são sempre bem vindos, pagando em moeda forte então é muito melhor.
ADAPTANDO UM MODELO DE NEGÓCIOS PARA O AMBIENTE GLOBAL
Importante iniciarmos este ponto deixando claro que para adaptar a estratégia de internacionalização ao ambiente de negócios global, é essencial realizar uma análise abrangente do mercado global, identificando oportunidades e desafios específicos em cada região-alvo. Isso inclui compreender as diferenças culturais, regulatórias, econômicas e políticas, além de avaliar as tendências do mercado e o comportamento do consumidor.
Uma abordagem flexível e adaptativa é fundamental, permitindo ajustes conforme necessário para atender às demandas locais. Investir em parcerias estratégicas com empresas locais e profissionais especializados pode facilitar a entrada em novos mercados e garantir uma compreensão mais profunda das nuances locais.
Além disso, é crucial manter uma comunicação eficaz e uma gestão ágil da cadeia de suprimentos para garantir a eficiência operacional em contextos globais variados. Por fim, monitorar continuamente o ambiente de negócios global e estar preparado para ajustar a estratégia conforme as mudanças ocorrem é essencial para o sucesso a longo prazo da internacionalização empresarial.
Adaptar a estratégia de internacionalização ao ambiente de negócios global requer uma abordagem holística e estratégica, considerando uma série de pontos essenciais.
Primeiramente, é crucial realizar uma análise detalhada do mercado global, compreendendo as nuances de cada região-alvo, incluindo diferenças culturais, regulatórias, econômicas e políticas. Esta análise servirá como base para a formulação de uma estratégia adaptada às necessidades específicas de cada mercado.
Em seguida, uma abordagem flexível é fundamental para responder dinamicamente as demandas em constante mudança. A capacidade de ajustar a estratégia conforme necessário é vital para enfrentar os desafios e capitalizar as oportunidades que surgem no cenário global.
Além disso, estabelecer parcerias estratégicas com empresas locais e profissionais especializados pode facilitar a entrada em novos mercados e proporcionar insights valiosos sobre as práticas e preferências locais. Uma comunicação eficaz e uma gestão ágil da cadeia de suprimentos são igualmente importantes para garantir a eficiência operacional em diferentes contextos globais.
A utilização de tecnologia desempenha um papel fundamental nesse processo, fornecendo ferramentas e plataformas para facilitar a colaboração e a coordenação entre equipes distribuídas globalmente.
Paralelamente, é essencial investir no desenvolvimento de uma equipe multicultural, promovendo uma cultura organizacional inclusiva e adaptável que valorize a diversidade de perspectivas e experiências.
Monitorar continuamente o ambiente de negócios global é essencial para identificar tendências emergentes, mudanças regulatórias e oportunidades de mercado, permitindo uma resposta rápida e eficaz às mudanças.
Desenvolver e manter relações sólidas com clientes internacionais é crucial para garantir um alto nível de satisfação e fidelidade à marca em todos os mercados-alvo. Estes pontos essenciais, quando integrados de forma estratégica, contribuem para uma adaptação bem-sucedida da estratégia de internacionalização ao ambiente global de negócios.
Quero elencar dez pontos essenciais neste processo. Logo em seguida, aprofundar estes temas com mais ênfase e visão estratégica. Vamos a eles.
DEZ PONTOS ESSENCIAIS EM UMA ESTRATÉGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO GLOBAL
Cada um dos pontos que exploro abaixo foram construídos com base em mais de 200 projetos que executamos de internacionalização. É importante destacar que eles são elementos integrados. Não veja um deles independente de outro.
Eles tem tamanha importância que criamos um termômetro de maturidade para internacionalização. Neste breve estudo, você consegue perceber que estágio sua empresa está para este projeto de tamanha relevância que é internacionalizar. Vamos a estes pontos e assim, avançamos mais uma etapa na compreensão sobre como adaptar uma estratégia de internacionalização em ambientes de negócio global.
1.Análise do mercado global
Realizar uma análise abrangente do mercado global, compreendendo as características de cada região-alvo, incluindo aspectos culturais, regulatórios, econômicos e políticos. O estudo de mercado MarketFit é um dos exemplos que podem ajudá-lo no processo de entendimento de mercado. Mas independente do formato, o mais relevante é mesmo fazer um estudo de mercado aprofundado sobre o mercado destino.
2.Flexibilidade estratégica
Manter uma abordagem flexível que permita ajustes na estratégia de internacionalização conforme as condições e demandas do mercado global mudam. Empresas que desenvolvem visões muito próprias sobre o mercado geram dificuldades adicionais em compreender outros mercados. Em síntese, quando existe uma flexibilidade em entender diferentes culturas, mais vitorioso poderá ser o projeto.
3.Parcerias estratégicas locais
Estabelecer parcerias estratégicas com empresas e profissionais locais para facilitar a entrada em novos mercados e obter insights valiosos sobre as práticas comerciais locais. Este é um processo que embora essencial é muito prejudicado por se tratar de um novo país onde praticamente não existem contatos que conheçam você e criar uma nova rede de networking é bastante complexo.
Neste ponto, o apoio é essencial. A Atlantic Hub, ao longo dos anos, criou uma rede forte de contatos, parceiros e clientes já instalados. De agentes do governos a empresas privadas, uma vasta rede apoia projetos entrantes.
4.Gestão ágil da cadeia de suprimentos
Implementar uma gestão ágil da cadeia de suprimentos para garantir eficiência operacional em diferentes contextos globais e lidar com desafios logísticos também é um tema recorrente quando o assunto são projetos ligados a produtos. Embora esse não seja um tema que amedronte pois a rede de estradas, caminhos fluviais ou mesmo aéreos seja muita vasta, não estamos no Brasil.
Operar com os diversos países na Europa pressupõe uma série de estruturas de distribuição e documentação. Não releve este ponto pois você pode literalmente vender e não entregar.
5.Tecnologia como facilitador
Utilizar tecnologia para facilitar a colaboração e coordenação entre equipes distribuídas globalmente, além de otimizar processos e operações internacionais. Vale a pena sempre ser refletido o quanto realmente já estamos utilizando todo o potencial da tecnologia em nossas empresas.
Em muitos casos, dentro das empresas até existe uma larga utilização de tecnologia mas nos deparamos em nosso dia a dia como consultoria com empresas que mesmo tendo amplos investimentos neste quesito, não dominam nem 20% dos recursos que elas tem contratados em ferramentas de tecnologia.
Ter recursos disponíveis não quer dizer que eles sejam utilizados sozinhos. Cabe uma reflexão dos times internos se o potencial de utilizar o que já existe de ferramentas, softwares e licenças de uso estão mesmo sendo utilizados em sua potencialidade máxima. Caso a resposta seja negativa, contratar treinamentos acaba sendo mais interessante do que investir em mais soluções.
6.Desenvolvimento de equipe multicultural
Investir no desenvolvimento de uma equipe multicultural, promovendo uma cultura organizacional inclusiva e adaptável que valorize a diversidade também é crucial. Nos países europeus a diversidade é pilar do dia a dia.
Promover aos times envolvidos na internacionalização imersões em missões empresariais, por exemplo, pode ser um divisor de águas em uma compreensão maior de cenários.
7.Monitoramento contínuo
Monitorar constantemente o ambiente de negócios global para identificar tendências emergentes, mudanças regulatórias e oportunidades de mercado.
O que não é medido não é apurado. Falar sobre algo sem dados é achismo. Não tenha dúvida, o que não conseguimos medir pode representar desperdício. Esteja muito atento a mensurar em todas as escalas custos, investimentos e margens operacionais.
8.Resposta rápida a mudanças
Ter a capacidade de adaptar-se rapidamente às mudanças no mercado global, garantindo que a estratégia de internacionalização permaneça relevante e eficaz. Ser resiliente define bem o ponto, mas o que mais gosto quando o assunto é ter respostas rápidas é a ideia alinhada com ações de pensar como startups.
Não que precisemos mudar os modelos de negócios como um todo para cair também na vala comum de que tudo tem que ser uma startup mas pensar agilmente como elas torna nossas respostas muito mais interessantes. Quero abordar no próximo tópico o conceito de MVP, (Mínimo produto viável). Centro do conceito de startups que com certeza pode ser utilizado por todas as empresas.
9.Comunicação eficaz
Manter uma comunicação eficaz entre as equipes globais e com os clientes internacionais para garantir alinhamento e satisfação do cliente em todos os mercados. Alinhar a comunicação e a estratégia de marketing no mercado que está sendo internacionalizado é muito importante.
Mas cabe ressaltar que quando o assunto é compreender as diferenças culturais de um país para o outro, o marketing é peça chave nesta equação. Em Portugal por exemplo, a comunicação deve muito mais fornecer visão de fidelização sendo o off line um caminho obrigatório do que apenas gerar ações para conversão de leads como se faz em demasia no Brasil.
10.Fidelização de clientes internacionais
Desenvolver e manter relações sólidas com clientes internacionais, visando garantir um alto nível de satisfação e fidelidade à marca em escala global. Esse é o desejo em um projeto de internacionalização.
Na verdade este horizonte deve estar na prática das ações de entrada no mercado. Imaginar conquistar um cliente e perdê-lo por não fidelizar é algo impossível de ser concebido. Não perca clientes para criar ações de retenção. Comece seu processo de internacionalização tendo claras as ações que você fará para não perder clientes.
APLICANDO A METODOLOGIA DO MVP NA ESTRATÉGIA DE ADAPTAÇÃO DO SEU NEGÓCIO
O MVP, ou Produto Mínimo Viável, é uma estratégia fundamental no desenvolvimento de produtos dentro das startups. É uma abordagem que visa criar uma versão inicial e simplificada de um produto ou serviço com o objetivo de testar suas hipóteses principais, validar sua viabilidade e obter feedback dos usuários de forma rápida e econômica.
Faremos nesta seção uma visão geral sobre o que é o modelo de prototipação baseado em MVP para logo em seguida aplicá-lo dentro do seu processo de adaptação. Vamos a isso.
Definição e conceito:
O MVP foi popularizado por Eric Ries em seu livro “The Lean Startup”, onde ele define o MVP como “aquela versão de um novo produto que permite a uma equipe coletar o máximo de aprendizado validado sobre os clientes com o menor esforço possível.” Essencialmente, o MVP é uma versão simplificada do produto que inclui apenas os recursos básicos necessários para resolver o problema principal dos usuários.
Objetivo e benefícios:
O principal objetivo do MVP é reduzir o tempo e os custos associados ao desenvolvimento de um produto completo, minimizando o risco de investir recursos em algo que os usuários podem não querer ou que não atenda às suas necessidades. Ao lançar uma versão inicial do produto o mais rápido possível, as equipes podem testar suas hipóteses, iterar com base no feedback dos usuários e aprimorar gradualmente o produto, aumentando suas chances de sucesso no mercado.
Elementos chave do MVP:
Um MVP bem-sucedido é composto por três elementos principais: viabilidade, usabilidade e valor. A viabilidade refere-se à capacidade do produto de ser desenvolvido dentro de restrições de tempo e recursos. A usabilidade se concentra na facilidade de uso do produto para os usuários. E o valor se refere à capacidade do produto de resolver um problema ou satisfazer uma necessidade do usuário de forma significativa.
Tipos de MVP:
Existem várias abordagens para a criação de um MVP, incluindo protótipos, landing pages, concierge MVPs, MVPs de pré-venda e MVPs do tipo “Wizard of Oz”. Cada tipo tem suas próprias vantagens e é escolhido com base nas características do produto e nas hipóteses a serem testadas.
Interação e Evolução:
Uma vez lançado, o MVP não é o fim do processo, mas sim o início. As equipes devem estar preparadas para coletar feedback dos usuários, analisar métricas e iterar rapidamente com base nesse aprendizado. Essa abordagem iterativa permite que o produto evolua de acordo com as necessidades e preferências dos usuários, aumentando suas chances de sucesso a longo prazo. Assim, o MVP é mais do que apenas uma versão inicial do produto; é o ponto de partida para um processo contínuo de desenvolvimento e aprimoramento.
EXEMPLO NA PRÁTICA DE UTILIZAÇÃO DO MODELO EM SUA ESTRATÉGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO
Aplicar a metodologia do MVP em uma estratégia de adaptação de um negócio para internacionalização em Portugal requer uma abordagem meticulosa e voltada para entender profundamente as nuances do novo mercado. Inicialmente, é crucial conduzir uma pesquisa de mercado detalhada e específica para Portugal.
Essa pesquisa abrange uma variedade de aspectos, desde as preferências do consumidor local até a análise da concorrência e das regulamentações vigentes no país. O objetivo é obter uma compreensão abrangente do ambiente empresarial português, identificando oportunidades e desafios que possam influenciar a adaptação do produto ou serviço.
Abordamos como já dissemos esta temática no artigo anterior. Mas fique super a vontade de marcar um momento conosco e falarmos sobre o tema do estudo de mercado para a sua companhia.
Uma vez concluída a pesquisa de mercado, é hora de identificar as necessidades específicas do mercado português. Isso envolve a análise cuidadosa das informações coletadas durante a pesquisa, buscando insights sobre as demandas dos consumidores locais e as lacunas no mercado que seu produto ou serviço pode preencher. Essa etapa é fundamental para direcionar o desenvolvimento do MVP adaptado, garantindo que ele atenda de forma precisa e eficaz às expectativas do público-alvo em Portugal.
Com base nas necessidades identificadas, é possível começar a desenvolver o MVP adaptado para o mercado português. Nesta fase, é importante priorizar os recursos essenciais que serão incluídos no MVP, focando naqueles que são mais relevantes e impactantes para os clientes locais. O objetivo é criar uma versão inicial simplificada do produto ou serviço que possa ser rapidamente lançada no mercado português, permitindo assim a coleta rápida de feedback dos clientes.
O próximo passo é lançar o MVP adaptado no mercado português e iniciar o processo de teste e validação. Isso pode ser feito através de uma variedade de métodos, como testes beta, entrevistas com clientes, análise de métricas de uso e assim por diante. O objetivo é validar se o produto ou serviço atende às expectativas dos clientes em Portugal e identificar áreas de melhoria que possam ser abordadas nas iterações futuras.
Com base no feedback recebido durante o período de teste e validação, é possível alterar e ajustar o MVP conforme necessário. Isso pode envolver a adição de novos recursos, aprimoramentos no design, ajustes na estratégia de marketing e qualquer outra modificação que possa melhorar a adaptação do produto ou serviço ao mercado português. O objetivo é refinar continuamente o MVP com base no feedback dos clientes, garantindo assim sua relevância e eficácia no mercado português.
Finalmente, uma vez que o MVP tenha sido validado e refinado com sucesso, é possível proceder ao escalonamento gradual do negócio em Portugal. Isso pode envolver a expansão da equipe local, investimentos em marketing e vendas, e a introdução de novas funcionalidades ou produtos conforme a demanda e o crescimento do mercado. Ao seguir esses passos e aplicar a metodologia do MVP de forma estratégica, é possível aumentar significativamente as chances de sucesso na internacionalização do negócio para Portugal, minimizando os riscos e maximizando o retorno sobre o investimento.
Lembre-se: este é um processo que, mesmo tendo minha abordagem detalhada, não é trivial. Você não precisa ficar sozinho, fale conosco e construímos juntos esta jornada. Quero apresentar a você outras três possibilidades de adaptação do seu negócio em uma estratégia de internacionalização.
EXPORTAÇÃO, FRANCHISING E JOINT VENTURE
Aplicar os modelos de exportação, franchising e joint venture em uma estratégia de adaptação de um negócio para internacionalização em Portugal requer uma compreensão profunda dos benefícios e desafios de cada modelo, bem como uma análise cuidadosa das condições de mercado e das necessidades dos clientes no país. Cada modelo oferece vantagens distintas e pode ser adaptado de maneira única para atender às demandas específicas do mercado português.
Começando pelo modelo de exportação, este envolve a venda direta de produtos ou serviços para o mercado português a partir do país de origem. Para aplicar este modelo com sucesso, é necessário considerar aspectos como logística, regulamentações de importação e exportação, além de adaptações no produto ou serviço para atender às preferências locais. Por exemplo, pode ser necessário ajustar embalagens, rótulos ou até mesmo características do produto para alinhar-se com os padrões e expectativas dos consumidores portugueses.
Por sua vez, o modelo de franchising oferece a oportunidade de expandir o negócio em Portugal através de parceiros locais. Neste caso, é fundamental selecionar franqueados que tenham um bom entendimento do mercado português e estejam alinhados com a visão e valores da marca. Além disso, é importante adaptar o modelo de negócio e o suporte oferecido aos franqueados para atender às necessidades específicas do mercado português, o que pode incluir ajustes nas operações, no marketing e nas estratégias de vendas.
Já na joint venture, envolve uma parceria estratégica com uma empresa local em Portugal para explorar oportunidades de mercado de forma conjunta. Este modelo oferece a vantagem de aproveitar o conhecimento e experiência do parceiro local, além de compartilhar os riscos e custos associados à internacionalização.
Para aplicar este modelo com sucesso, é necessário estabelecer uma colaboração sólida e transparente com o parceiro local, definindo claramente os objetivos, responsabilidades e expectativas de ambas as partes. Além disso, é fundamental adaptar a estratégia de negócio e as operações para se adequar à dinâmica da joint venture e ao ambiente empresarial em Portugal.
Sintetizando estes pontos, para aplicar os modelos de exportação, franchising e joint venture em uma estratégia de adaptação de um negócio para internacionalização em Portugal, é necessário um planejamento detalhado e uma abordagem personalizada para cada modelo, levando em consideração as características únicas do mercado português e as necessidades dos clientes locais. Ao adaptar e ajustar cada modelo para atender às demandas específicas do mercado português, é possível maximizar as chances de sucesso na internacionalização do negócio para Portugal.
MINHA ESTRATÉGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO COMEÇA COM A ATLANTIC HUB
Acredito que tenha feito sentido a você a jornada apresentada. Ela com certeza é uma trilha para a construção de uma visão estruturada quanto ao seu processo de adaptação da sua estratégia de internacionalização em um ambiente global mas claro com ênfase para Portugal.
Reforcei ao longo do artigo que estamos com você em todas as fases deste processo. Do estudo de mercado ao acesso a clientes, parceiros e fornecedores, conte com nosso time e nossa estrutura. Mas quero que entenda a necessidade de você colocar energia e foco neste processo.
Internacionalizar não é uma corrida de cem metros, mas sim uma maratona de 20 quilômetros. Foco, investimentos, time envolvido e um produto ou serviço que faça sentido em Portugal é o ponto de partida.
Se este projeto é essencial e também é prioridade dentro da sua corporação, conte conosco! Estaremos no Brasil e em Portugal prontos para suportar sua operação. Venha conosco e agende um momento com nosso time. Ele é formado por diversos especialistas em Portugal e no comércio exterior. Vamos construir mais uma história de sucesso!
Obrigado e até o próximo artigo!
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SOBRE O AUTOR
Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP e Filosofia pela Universidade Dom Bosco. Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios. Pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups). Sócio fundador da Agência Incandescente e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis, ambos em Portugal. Atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”. Em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “ Metamorfose Empreendedora”.