ESTEJA ATENTO ÀS MUDANÇAS DO MUNDOI: APRENDIZADOS DE UMA AULA NA USP

Se você se sente inquieto, desconectado do “modelo antigo” de fazer negócios e está procurando sentido em meio às transformações do mundo, este artigo é para você.

Recentemente, em uma aula que ministrei no MBA da USP, percebi o quanto estamos atravessando um momento único na história humana e empresarial.

Não se trata apenas de tecnologia ou novas profissões — trata-se de rever nossa essência, reposicionar nosso propósito e reimaginar o nosso papel no mundo.

Neste artigo, compartilho com você os principais aprendizados dessa aula na USP, traduzidos em sete pontos que podem, quem sabe, virar sua chave como virou a de muitos alunos presentes naquele encontro.

Não são apenas reflexões acadêmicas — são pistas emocionais e estratégicas para quem quer continuar relevante em um planeta que já não é o mesmo.


1. Propósito não é um detalhe — é o ponto de partida

Um dos aprendizados mais potentes foi a constatação de que o propósito não pode mais ser periférico. Ele é o centro.

Em um mundo onde algoritmos decidem tendências e a automação substitui rotinas, o que nos diferencia como humanos é a razão pela qual escolhemos fazer o que fazemos.

O propósito é a ponte entre o talento e o legado, entre o trabalho e a missão.

É ele quem sustenta a coragem de empreender em meio ao caos, ancora a tomada de decisões éticas e conecta colaboradores, clientes e comunidade.

Você já se perguntou se o que você faz todos os dias está alinhado com aquilo em que acredita?


2. A inteligência artificial não substitui a alma humana

Sim, a IA pode escrever um poema. Mas ela jamais vai sentir a dor de um fracasso ou a glória de uma superação empreendedora.

Entre os principais aprendizados da aula, ficou claro que o papel da IA não é nos substituir, mas nos amplificar.

O segredo está em usá-la como aliada, mantendo o olhar crítico e ético.

Ferramentas como ChatGPT, Notion AI ou Runway são valiosas, mas é o humano por trás da pergunta que direciona o impacto.

A pergunta que fica é: você está usando a IA para liberar sua criatividade — ou está se escondendo atrás dela?


3. Internacionalizar não é luxo, é estratégia de sobrevivência

Outro aprendizado poderoso foi o conceito de pensar global desde o início.

Se sua empresa ainda espera o Brasil melhorar para crescer, talvez você esteja olhando para o lugar errado.

O mundo está acessível, interconectado e sedento por soluções ousadas.

Pensar globalmente não é apenas exportar — é criar negócios com DNA internacional, com mentalidade adaptativa e soluções culturalmente fluidas.

No MBA, provocamos: “Se o seu concorrente está na Estônia ou em Lisboa, por que você ainda pensa só no seu bairro?”

Globalizar é abrir janelas de oportunidade onde antes só havia paredes de limitação.


4. A liderança tribal é o novo diferencial competitivo

No MBA da USP, estudamos o conceito de “tribos organizacionais” e como diferentes níveis de consciência moldam a cultura das empresas.

De líderes solitários a tribos orgulhosas, existe um espectro de maturidade emocional e relacional que impacta diretamente os resultados.

O ápice? Tribos lideradas por propósito, onde todos estão unidos por uma causa maior do que os próprios cargos.

Esse foi um dos aprendizados mais provocadores da aula: afinal, você está construindo uma empresa para vencer a concorrência ou para deixar um legado coletivo?


5. O novo mundo do trabalho exige um novo tipo de ser humano

O novo mundo do trabalho não é sobre home office ou mesa com puff colorido — é sobre um novo pacto humano.

Mais do que nunca, o sucesso exige empatia, adaptabilidade, criatividade e, sobretudo, espiritualidade prática — aquela que nos conecta com o impacto que geramos na vida dos outros.

Em aula, discutimos como essa nova era exige menos agressividade e mais compaixão, menos controle e mais colaboração.

O novo profissional é aquele que sabe ressignificar, aprender e liderar com alma.

Um dos aprendizados mais fortes foi este: estamos vivendo menos uma revolução tecnológica e mais uma reinvenção humana.


6. Modelos de negócio exponenciais nascem do incômodo

Se você não está incomodado, talvez não esteja pronto para inovar.

As grandes startups que mudaram o mundo surgiram não de ideias brilhantes, mas de dores reais.

Outro aprendizado essencial foi entender que modelos de negócio exponenciais são aqueles que resolvem problemas humanos com tecnologia inteligente.

Eles crescem com agilidade porque nascem com clareza de propósito e escalabilidade embutida.

Mas atenção: não é sobre crescer por crescer.

É sobre ampliar o impacto com eficiência emocional e tecnológica.

O que te incomoda tanto que merece virar um negócio?


7. O mundo mudou — e vai mudar ainda mais. Você está acordado?

Finalizamos a aula com uma provocação simples e brutal: você está acordado para as mudanças do mundo? Porque elas não vão esperar você estar pronto.

A globalização digital, a disrupção tecnológica e a emergência climática estão batendo à porta.

Só que, junto com o caos, vêm oportunidades.

O maior aprendizado da aula foi perceber que quem se posiciona com clareza, se adapta com inteligência e age com propósito, não apenas sobrevive — floresce.

O futuro não é um lugar para onde vamos, mas algo que construímos, todos os dias, com as escolhas que fazemos agora.

Essa aula no MBA da USP me lembrou por que amo ensinar e aprender: porque é nos encontros, nos olhares curiosos e nas perguntas sinceras que reencontramos nosso próprio caminho.

Se você chegou até aqui, talvez esteja sentindo o mesmo chamado que eu senti: um chamado à consciência, à ação e ao propósito.

Leve consigo esses aprendizados de uma aula na USP e use-os como bússola. O mundo mudou. E você?

Forte abraço — e deixe seu comentário para nós.

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SOBRE O AUTOR

BENÍCIO FILHO

Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP e Filosofia pela Universidade Dom Bosco. Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios. Pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups). Sócio fundador da Agência Incandescente e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis, ambos em Portugal. Atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”. Em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “ Metamorfose Empreendedora”.

Construir conhecimento só é possível quando colocamos o aprendizado em prática. O mundo está cansado de teorias que não melhoram a vida das pessoas. Meus artigos são fruto do que vivo, prático e construo.

Benicio Filho - Mentoria, Inovação e Liderança