Entre os dias 27 de março e 22 de abril de 2025, embarquei com minha esposa em uma jornada profunda pela Alemanha.
Mais do que quilômetros percorridos, foram camadas de história desveladas, silêncios que falaram alto e experiências que provocaram questionamentos sobre humanidade, inovação e propósito.
Essa imersão não foi apenas pessoal; ela também me proporcionou uma leitura viva das engrenagens da maior economia da Europa.
Passei por Berlim, Wolfsburgo, Munique, Nuremberg, Hamburgo e Leipzig, explorando suas matrizes econômicas, observando seu dinamismo e mergulhando nos contrastes entre tradição e futuro.
Compartilho aqui seis reflexões aprofundadas que vivi em solo alemão, cada uma com potentes lições para quem deseja internacionalizar seus negócios.
1. Berlim: Um polo de inovação ancorado na história
Berlim é uma cidade que respira passado e futuro ao mesmo tempo. Caminhar por suas ruas é vivenciar a convivência entre as marcas da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria com uma cena contemporânea borbulhante de ideias e diversidade.
O antigo e o novo se entrelaçam em um ambiente que inspira mudança, coragem e reinvenção. Berlim concentra mais de 2.500 startups, atraindo não apenas investimentos, mas principalmente mentes inquietas de todo o mundo.
Em meus encontros com empreendedores locais, percebi o poder de um ecossistema onde a cultura do erro é tolerada e onde testar, errar e recomeçar é visto como parte do processo de evolução.
Visitei coworkings, participei de rodas de conversa, observei equipes multidisciplinares trabalhando juntas em soluções para mobilidade urbana, sustentabilidade e inclusão digital.
A cidade se transforma diariamente. Para empresas brasileiras que ainda veem a internacionalização como algo distante, Berlim mostra que pensar global não é apenas uma decisão estratégica, mas um estado de espírito.
2. Wolfsburgo: A engenharia que move o mundo
Wolfsburgo é o retrato da Alemanha industrial em sua essência. Sede da Volkswagen, a cidade gira em torno de uma engenharia obsessivamente eficiente.
Fiquei fascinado com a estrutura dos centros de pesquisa, onde engenharia de precisão, sustentabilidade e automação se fundem em um ecossistema pulsante.
A produção em massa convive com a customização em escala, e os processos logísticos funcionam como sinfonias tecnológicas.
A visita ao complexo da Volkswagen foi uma das mais impressionantes da viagem. Tive acesso a uma demonstração de protótipos de carros elétricos, discuti com engenheiros sobre as aplicações do hidrogênio na mobilidade e vi de perto como a Indústria 4.0 é aplicada no cotidiano.
Wolfsburgo me ensinou que internacionalizar não é apenas vender para fora, mas elevar o padrão de execução, qualidade e visão de futuro.
Para empresas brasileiras do setor industrial, existe aqui uma fonte inesgotável de benchmarking e inspiração.
3. Munique: A integração entre tradição, tecnologia e qualidade de vida
Munique é o perfeito exemplo de como tradição e modernidade podem andar de mãos dadas. Com suas cervejarias centenárias, jardins floridos e museus que celebram a história bávara, a cidade guarda com zelo suas raízes.
Mas, ao mesmo tempo, abriga algumas das maiores inovações da Europa, especialmente nas áreas de engenharia, telecomunicações, seguros e energias renováveis.
Conversei com executivos da BMW sobre mobilidade urbana do futuro, visitei centros de pesquisa da Siemens que estão redesenhando as cidades inteligentes da próxima geração e entendi como a cidade se tornou um polo para investimentos em deep tech e health tech.
Mas o que mais me impressionou foi como Munique consegue oferecer uma altíssima qualidade de vida: transporte eficiente, segurança, áreas verdes, acessibilidade e um ritmo que equilibra produtividade com bem-estar.
Essa é uma lição fundamental para empresas brasileiras que buscam não apenas performance, mas sustentabilidade humana no longo prazo.
4. Nuremberg: O poder da memória e da reinvenção
Nuremberg foi um dos lugares que mais me emocionou. A visita aos tribunais dos Julgamentos de Nuremberg me fez refletir profundamente sobre o papel da responsabilidade na liderança empresarial.
Em um mundo cada vez mais conectado e vigiado, é essencial que empresas se posicionem com ética, respeito à diversidade e compromisso com a verdade.
Mas a cidade vai muito além do simbolismo histórico.
Hoje, Nuremberg é um polo tecnológico e de inovação. A Feira de Tecnologia de Nuremberg é uma das maiores do mundo e atrai milhares de empresas todos os anos.
Vi como a cidade apostou em reindustrialização limpa, tecnologias de energia solar, indústrias criativas e saúde digital.
Empresas locais mostraram como é possível criar produtos globais sem abrir mão de valores locais.
Para as empresas brasileiras, Nuremberg representa o caminho da reinvenção consciente, onde passado e futuro se complementam para construir marcas memoráveis.
5. Hamburgo: O epicentro logístico da Europa
Hamburgo me mostrou o que significa operar em escala global. O segundo maior porto da Europa é uma verdadeira obra de engenharia e logística. Ali, o mundo se encontra.
Caminhar por seus terminais é ver um balé sincronizado de navios, caminhões, trilhos e containers.
Mas a cidade é muito mais que um porto. Hamburgo é um hub logístico para o mundo inteiro, com acesso rápido à Escandinávia, Ásia, Américas e toda a União Europeia.
Tive a oportunidade de conhecer centros de distribuição com tecnologia de ponta, conversar com operadores logísticos especializados em e-commerce internacional e entender como funcionam as Zonas de Livre Comércio da cidade.
Hamburgo é ideal para empresas brasileiras que precisam exportar ou montar centros de distribuição na Europa.
É uma cidade que respira globalização e que oferece estruturas para escalar com segurança, agilidade e precisão.
6. Leipzig: O futuro em construção no leste alemão
Leipzig foi uma revelação. Uma cidade que, após anos de dificuldades econômicas, está redesenhando sua história.
A energia que senti em Leipzig é diferente: é a energia da reconstrução, da juventude empreendedora, da cultura que pulsa nas ruas.
Conversei com professores universitários que estão liderando pesquisas em biotecnologia e energia limpa, visitei aceleradoras focadas em games e educação digital e vi como a cidade está se tornando um polo cultural cada vez mais influente.
Mas Leipzig também ensina sobre acessibilidade. Aluguéis mais baixos, incentivos fiscais e um ecossistema em expansão tornam a cidade especialmente atrativa para startups e empresas em fase de entrada no mercado europeu.
Para o empresariado brasileiro, Leipzig é um convite: venha construir junto. Aqui, ainda há espaço para sonhar, errar, aprender e crescer.
O que esta imersão representa para as empresas brasileiras?
A Alemanha não é apenas uma potência econômica. Ela é um organismo vivo, com diferentes vocações, desafios e oportunidades em cada região.
Essa imersão de 28 dias foi, para mim, um curso intensivo sobre futuro, eficiência, cultura, responsabilidade e visão global. E é exatamente isso que buscamos proporcionar aos nossos clientes na Atlantic Hub.
Através dos nossos programas de internacionalização, como o Atlantic Scale Out, Atlantic Access e as missões empresariais, abrimos portas para experiências transformadoras.
Não se trata apenas de expandir operações, mas de expandir mentalidades.
A Alemanha é um destino ideal para quem busca aprender com os melhores, desafiar-se a novos padrões e se reposicionar no mundo com mais força e propósito.
Se você sente que sua empresa está pronta para esse salto, venha conversar com a gente.
A Alemanha já me transformou. E pode transformar o seu negócio também.
Vamos começar a sua internacionalização?
A Atlantic Hub, partindo das necessidades dos seus clientes, criou processos e jornadas que podem contribuir de forma essencial para ajudá-lo a criar o seu mercado em Portugal.
Eu convido você a conhecer melhor como podemos ajudá-lo.
Seu primeiro passo é estudar seu produto ou serviço em Portugal. Para isso, você precisa conhecer o nosso Estudo de Mercado.
É importante compreender que, tendo um estudo de mercado com cenário favorável quanto à oportunidade de negócio em Portugal, você poderá seguir para nosso próximo passo.
O segundo passo é conhecer com mais detalhes nosso programa Scale Out.
No artigo “Programa Scale Out”, aprofundo essa jornada e apresento os pilares para você iniciar sua internacionalização para a Europa: conexões com leads reais, desenho da proposta comercial e acompanhamento de campo.
Comece hoje mesmo estudando seu mercado conosco, para iniciarmos corretamente esta nova fase da sua empresa — e da sua vida.
O passo seguinte é marcar um momento conosco e conversarmos sobre as melhores estratégias para você, sua empresa e sua família.
Tenha certeza de que você está com quem conhece a Europa e construiu bases sólidas em Portugal.
Nosso time terá o maior prazer em ajudá-lo neste processo.
Forte abraço e deixe seu comentário para nós.
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SOBRE O AUTOR
Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP e Filosofia pela Universidade Dom Bosco. Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios. Pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups). Sócio fundador da Agência Incandescente e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis, ambos em Portugal. Atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”. Em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “ Metamorfose Empreendedora”.