A internacionalização de empresas brasileiras pode ser a chave para expandir sua marca e aumentar a competitividade no mercado global. No entanto, muitos empresários ainda acreditam em mitos que os impedem de dar esse passo estratégico.
O Brasil possui um mercado vasto e consolidado, mas o crescimento sustentável pode ser amplificado com a entrada em mercados internacionais.
Cabe, no entanto, refletir sobre uma série de mitos em torno do processo de internacionalização, que muitas vezes desestimula os empreendedores a darem esse passo.
Neste artigo, pretendo desmistificar essas ideias equivocadas e oferecer clareza sobre os reais desafios e oportunidades.
Os empresários brasileiros, em geral, tendem a ver o Brasil como um mercado suficientemente grande e com diversas oportunidades. Isso muitas vezes os leva a negligenciar a internacionalização em suas estratégias de crescimento.
Sempre digo que essa visão pode limitar o verdadeiro potencial de expansão e competitividade das empresas. Em um mundo cada vez mais globalizado, abrir-se para mercados internacionais não é apenas uma questão de ambição, mas de sobrevivência e crescimento sustentável a longo prazo. Contudo, muitos mitos ainda circundam o tema e afastam os empreendedores dessa oportunidade.
Dessa maneira, quero ampliar sua visão sobre o tema, partindo da nossa experiência na Atlantic Hub quando se trata de internacionalização. Venha comigo e ao final deste artigo veja como você pode hoje mesmo iniciar este processo.
Não quero complicar sua mente. Quero na verdade desmistificar estes mitos. Sendo assim, elenquei o que, na minha opinião, são os sete maiores mitos sobre este tema.
Mito 1: Apenas grandes empresas podem se internacionalizar? Pequenos negócios também têm espaço
Um dos mitos mais comuns é a ideia de que apenas grandes corporações podem se beneficiar da internacionalização.
Esta não é com certeza uma verdade. Pequenas e médias empresas (PMEs) são cada vez mais incentivadas a expandir suas operações para outros mercados. Programas de apoio, como nosso estudo de mercado MarketFit, da Atlantic Hub, são desenhados especificamente para PMEs que querem explorar oportunidades internacionais
Graças à tecnologia e à digitalização, muitas barreiras que existiam no passado foram derrubadas, tornando possível a qualquer negócio explorar novos mercados sem a necessidade de grandes estruturas físicas.
Um exemplo disso são empresas brasileiras do setor de tecnologia que, através de soluções SaaS (Software as a Service), conseguem alcançar clientes em outros países sem a necessidade de um escritório físico no exterior. Esse tipo de modelo de negócio se beneficia de uma operação enxuta, mas com alto potencial de escalabilidade.
Diversos países e blocos econômicos têm programas específicos para atrair pequenas empresas estrangeiras. Portugal, por exemplo, tem facilitado o processo de abertura de empresas por meio de iniciativas como a “Empresa na Hora”, que permite a criação de uma empresa em menos de 24 horas.
O país também oferece incentivos fiscais e uma série de benefícios para empresários que desejam expandir para a Europa, demonstrando que o porte da empresa não deve ser uma barreira para a internacionalização
Mito 2: Internacionalizar custa caro? Conheça estratégias acessíveis para expandir
Outro mito recorrente é que internacionalizar é um processo caro, acessível apenas para empresas com grandes orçamentos.
Embora o processo possa demandar um investimento inicial, é importante olhar para a internacionalização como um investimento de longo prazo, com retornos sustentáveis. O segredo está em um planejamento cuidadoso e em estratégias que otimizem os recursos.
Com o avanço da tecnologia, muitos custos que antes eram elevados foram drasticamente reduzidos.
Ferramentas de comunicação online, como o Zoom ou o Microsoft Teams, reduzem a necessidade de viagens e reuniões presenciais. Outro ponto é que, marketplaces digitais e redes sociais permitem a comercialização de produtos e serviços diretamente para clientes no exterior, sem a necessidade de uma presença física imediata.
Muitos países também oferecem incentivos fiscais para atrair empresas estrangeiras. Portugal, por exemplo, tem regimes fiscais especiais, como o Regime dos Residentes Não Habituais (RNH), que beneficia empreendedores e empresas de alta tecnologia. Dessa forma, a empresa pode expandir suas operações para a Europa e ainda se beneficiar de uma carga tributária reduzida, diminuindo assim os custos operacionais
Mito 3: A burocracia é um obstáculo? Descubra países que facilitam esse processo
A burocracia é, sem dúvida, uma preocupação legítima, mas exagerada. Muitos empresários brasileiros acreditam que expandir para mercados internacionais envolve uma quantidade insuportável de burocracia.
A verdade é que muitos países, especialmente na União Europeia, vêm implementando medidas para facilitar a entrada de empresas estrangeiras. Em Portugal, o processo de abertura de empresas foi simplificado, e a “Empresa na Hora” é um exemplo concreto disso.
O processo é digital, rápido e descomplicado, permitindo que empresários estrangeiros criem suas empresas em poucas horas. Além disso, muitos países oferecem consultorias e serviços de apoio para guiar empresários por todos os trâmites legais e fiscais
Contar com o apoio de consultorias especializadas, em internacionalização, como a Atlantic Hub, pode facilitar ainda mais o processo.
Essas consultorias oferecem suporte em todas as etapas, desde o estudo de mercado até a adaptação às regulamentações locais. Isso permite que o empresário se concentre em suas operações enquanto os trâmites burocráticos são tratados por especialistas.
Mito 4: Produtos brasileiros não têm demanda lá fora? Veja setores que estão crescendo
Outro mito comum é que os produtos ou serviços brasileiros não teriam demanda no exterior. No entanto, o que muitos empresários não percebem é que existem mercados de nicho com grande potencial de consumo.
Produtos com características regionais ou exclusivas podem ser altamente valorizados em outros países. Um exemplo disso são empresas brasileiras do setor alimentício que têm encontrado sucesso exportando produtos típicos, como o açaí e a cachaça, para mercados europeus e americanos.
A realização de pesquisas de mercado detalhadas pode revelar oportunidades que o empresário brasileiro não teria considerado inicialmente. Muitos negócios no Brasil não se dão conta de que, ao adaptar ligeiramente seus produtos ou estratégias de marketing, podem encontrar uma demanda significativa em mercados internacionais.
Consultorias como a Atlantic Hub ajudam a identificar esses nichos, mapeando oportunidades que podem passar despercebidas por empresários menos experientes
Mito 5: A língua pode ser uma barreira? Como adaptar sua comunicação para novos mercados
Embora a língua possa parecer um obstáculo, especialmente em países com línguas não-lusófonas, essa barreira tem se tornado cada vez menos relevante.
O inglês é a língua dos negócios em muitos países, e sua fluência permite que o empresário brasileiro se comunique eficientemente em mercados internacionais, mesmo que não domine o idioma local.
Existem inúmeras soluções que podem auxiliar na adaptação linguística. Empresas de tradução e consultorias de internacionalização oferecem serviços que incluem não apenas tradução técnica, mas também a adaptação cultural, garantindo que a comunicação seja eficaz e bem-recebida pelos novos mercados. Isso elimina a barreira linguística como um impeditivo para a expansão
Mito 6: O mercado brasileiro já é suficiente? Por que diversificar pode ser sua melhor estratégia
O Brasil, com seus 205 milhões de habitantes, é de fato um mercado promissor, mas limitar a atuação de uma empresa apenas ao mercado interno pode representar uma limitação estratégica. Dependência exclusiva do mercado brasileiro aumenta a exposição da empresa aos riscos econômicos e políticos internos, como oscilações cambiais e crises econômicas.
Internacionalizar não significa abandonar o mercado brasileiro, mas sim expandir suas operações e diversificar receitas. Isso permite que a empresa se torne mais resiliente, equilibrando sua atuação em diferentes mercados e explorando as sinergias entre eles. A complementaridade entre os mercados locais e internacionais pode se traduzir em maior estabilidade financeira e crescimento sustentável
Mito 7: Regras e leis estrangeiras são complexas? Como lidar com a parte jurídica sem dores de cabeça
Cada país tem suas regulamentações específicas, e a adaptação a essas leis pode parecer complicada à primeira vista. Esse desafio pode ser superado com a contratação de consultorias especializadas e advogados internacionais. Profissionais qualificados conseguem não apenas guiar o processo de conformidade legal, mas também adaptar a estrutura da empresa para se ajustar às leis locais.
Muitos países estão cada vez mais abertos a empreendedores estrangeiros, oferecendo incentivos para facilitar sua adaptação às leis e regulamentos locais. Em Portugal, por exemplo, o processo de internacionalização de empresas é transparente, com o governo promovendo iniciativas que atraem negócios brasileiros, permitindo uma integração mais fácil no mercado europeu.
Vamos vencer os mitos quando o tema é internacionalização!
Os mitos sobre a internacionalização de empresas brasileiras são, em grande parte, fruto da desinformação ou de experiências limitadas.
A realidade é que, com o apoio certo e o planejamento adequado, qualquer empresa, independentemente de seu porte, pode se beneficiar da expansão para mercados internacionais. Internacionalizar não é uma tarefa reservada apenas para grandes corporações; é uma oportunidade estratégica para empresas que desejam se expandir, diversificar seus riscos e garantir um crescimento sustentável a longo prazo.
Como Internacionalizar sua empresa com a Atlantic Hub: Um roteiro em cinco passos
O programa Scale Out da Atlantic Hub é uma solução completa para empresas que buscam internacionalizar para Portugal, oferecendo suporte em todas as etapas do processo. Aqui estão cinco passos fundamentais para realizar a internacionalização com sucesso:
1. Estudo de mercado personalizado
O primeiro passo é realizar um estudo de mercado aprofundado para identificar as oportunidades, desafios e o público-alvo específico para o seu setor em Portugal. A Atlantic Hub elabora análises detalhadas que permitem às empresas compreenderem o cenário de negócios local.
2. Planejamento tributário e jurídico
Na segunda etapa, é crucial garantir a conformidade com as normas fiscais e jurídicas de Portugal. A Atlantic Hub oferece apoio na constituição de empresas, planejamento tributário e adequação às legislações trabalhistas.
3. Desenvolvimento de parcerias locais
O próximo passo envolve o desenvolvimento de parcerias locais. A Atlantic Hub possui uma vasta rede de contatos em diferentes setores, ajudando a conectar empresários brasileiros com fornecedores, parceiros e clientes potência
4. Adaptação de produtos e serviços
A quarta etapa é garantir que os produtos ou serviços estejam adaptados ao mercado português. Isso pode incluir ajustes no portfólio, adequação a regulamentações locais e a criação de uma estratégia de marketing e comunicação direcionada ao público-alvo.
5. Implementação e acompanhamento contínuo
Por fim, a Atlantic Hub oferece acompanhamento contínuo, ajudando na implementação das operações e na expansão contínua no mercado português. Esse suporte inclui mentoria, consultoria estratégica e acompanhamento de resultados para garantir que a internacionalização seja bem-sucedida.
A internacionalização para Portugal oferece inúmeras oportunidades para as empresas brasileiras, mas também apresenta desafios que exigem preparo e adaptação.
Evitar erros comuns, como a falta de planejamento e a subestimação das diferenças culturais, e focar em acertos, como o estudo de mercado e parcerias locais, são fatores essenciais para o sucesso.
Com o suporte da Atlantic Hub, que oferece soluções personalizadas e programas como o Scale Out, os empresários podem conduzir uma internacionalização estratégica e eficiente, garantindo que sua entrada no mercado português seja sólida e sustentável.
Pensou em internacionalizar? Conheça nosso programa Scale Out
A Atlantic Hub criou processos e jornadas que podem contribuir de forma essencial para ajudá-lo a criar o seu mercado em Portugal. Eu convido você a conhecer melhor como podemos ajudá-lo.
O primeiro passo é analisar o potencial do seu produto ou serviço no mercado português. Para isso, você precisa conhecer o nosso estudo de mercado MarketFit. É importante compreender que tendo o MarketFit um cenário favorável quanto a oportunidade de negócio em Portugal, você deveria seguir para nosso próximo passo.
O segundo passo é conhecer com mais detalhes nosso programa Scale Out. No artigo “Programa Scale Out”, aprofundo esta jornada e crio os pilares para você iniciar sua internacionalização para a Europa. Conexões com leads reais, desenho da proposta comercial e acompanhamento de campo. Comece hoje mesmo estudando seu mercado conosco para começarmos corretamente esta nova fase da sua empresa e da sua vida.
O passo seguinte é marcar um momento conosco e conversarmos sobre as melhores estratégias para você, sua empresa e sua família.
Tenha certeza de que você está com quem conhece a Europa e construiu bases sólidas em Portugal. Nosso time terá o maior prazer em ajudá-lo neste processo.
Forte abraço e deixe seu comentário para nós.
Veja também: DA EXPORTAÇÃO À INTERNACIONALIZAÇÃO: DEZ DICAS DE COMO FAZER ESTA TRANSIÇÃO
SOBRE O AUTOR
Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP e Filosofia pela Universidade Dom Bosco. Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios. Pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups). Sócio fundador da Agência Incandescente e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis, ambos em Portugal. Atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”. Em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “ Metamorfose Empreendedora”.