O movimento iluminista, no século XVIII, teve grande influência na independência das colônias americanas. Os filósofos iluministas eram contrários ao absolutismo e criaram teorias políticas que dividiam o poder e evitavam a formação de um governo absoluto e opressor.
O iluminismo defendia a liberdade dos povos e a queda dos regimes políticos que promovessem o privilégio de determinadas classes sociais. Sem dúvida, a elite letrada da América Espanhola inspirou-se no conjunto de ideias iluministas.
A Independência da América Latina foi motivada em grande parte pela insatisfação colonial com a metrópole, a desestabilização política pós-Período Napoleônico, pelas ideias iluministas, entre outras razões. Os criollos foram os principais agitadores das lutas por emancipação.
Na primeira metade do século XIX se desenvolveram os processos de independência da América Latina. As independências e as guerras delas decorrentes, entre 1810 e 1830, fizeram nascer os Estados Latino-americanos, em sua maioria repúblicas.
No Brasil, a principal influência iluminista pôde ser notada no processo de Inconfidência Mineira (1789). Um dos mais importantes movimentos sociais da história do Brasil. Esse movimento significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a opressão do governo português no período colonial.
AS IDEIAS DE SIMON BOLÍVAR NA DEFESA DO CONTINENTE
Simón Bolívar foi um militar venezuelano que teve papel fundamental no processo de independência de cinco nações do continente sul-americano. Bolívar atuou diretamente na luta contra os espanhóis pela independência de Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
Bolívar tinha como principal objetivo criar um grande país e acreditava na emancipação latino-americana. Baseado nos ideais republicanos, na democracia e participativa, Bolívar foi um grande defensor da abolição da escravatura.
“Libertadores da América”! Por exemplo, enquanto George Washington, um dos líderes da independência norte-americana, era um rico fazendeiro dono de escravos, Bolívar, por sua vez, defendia a abolição da escravidão e chegou a libertar escravos na Venezuela.
Para Bolívar, as ex-colônias deveriam se organizar numa única grande república federativa, unidas sob um mesmo governo, aproximadamente nos moldes dos Estados Unidos.
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O CONTRATUALISMO PROPOSTO POR FREI CANECA
Monge carmelita e político brasileiro, Joaquim da Silva Rabelo, mais tarde Frei Joaquim do Amor Divino Caneca ou simplesmente Frei Caneca, como ficou conhecido para a História, nasceu no Brasil, em julho de 1779 na cidade do Recife, onde morreu fuzilado a 13 de janeiro de 1825.
Ele defendia suas ideias de autonomia das Províncias em relação ao imperador e dos poderes Legislativo e Judiciário junto ao Executivo.
Criticava o império em um jornal de sua propriedade, o “Tífis Pernambucano”. Ele fazia Cipriano Barata no jornal “Sentinela da Liberdade”
Frei Caneca, reflete sobre as teorias do contratualismo que surgem da necessidade de explicar o fato dos seres humanos terem se organizado em torno de sociedades regidas por leis criadas pelo Estado.
Ele afirmava que antes do contrato social, todos os seres humanos eram livres e iguais, vivendo segundo as leis da natureza.
O POSITIVISMO E A SUPERAÇÃO DO CULTURALISMO DE TOBIAS BARRETO
A Escola do Recife, sem dúvida, tem papel de destaque na constituição de interpretações sobre o Brasil que ampararam a visão de mundo das elites dirigentes e deram suporte teórico aos projetos de construção de uma “nação civilizada” nos trópicos desenvolvidos entre o final do século XIX e início do século XX.
Como representante da escola de Recife, Tobias Barreto, tinha uma grande atuação política e seus escritos abordavam os mais diversos assuntos, como a defesa da liberdade presente na sua propaganda da abolição da escravatura e da Proclamação da República.
A sua intensa atividade filosófica começa como simpatizante do ecletismo espiritualista. Em meados do século XIX (década de 1860) descobre as novas ideias que bebiam em Comte, Rena, Taine, etc., quando começam a aparecer as atuações sociais mais fortes como as posições contra a escravidão.
Aprofunda no comtismo, mas também diverge do mesmo, chegando a não aceitar a ideia dos três estados.
Na parte mais madura de sua vida, no processo de constituição da Escola do Recife é a sua fase monista que torna Kant mais conhecido no Brasil. Na última fase de sua trajetória já refletia o culturalismo aproximando-se mais ainda de Kant, este culturalismo que é retomado nos anos trinta do século XX por Dacir Menezes e Miguel Reale.
Refletindo sobre Barretto, podemos dizer que a cultura corresponde a um sistema de forças capaz de humanizar a luta pela vida e que a organização da sociedade é uma forma de sobreviver em situação tão hostil.
Mesmo que possa se perceber que grupos de animais se organizam em manadas, colônias ou qualquer forma coletiva não chega nem próximos à complexidade com a qual o homem se organiza em sociedade, e mais, não se percebe nos animais processos de evolução tão elaborados quanto o homem.
Este por sua vez tem tantas formas de se organizar quantos locais para vivê-la.
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A vida social elimina conscientemente as anomalias, até planejar isso, dependendo dos objetivos que o grupo se propõe. Por isso, que a verdadeira vida do homem é a vida social. Barreto afirma que a sociedade é uma Seleção jurídica, a que se pode adicionar a religiosa, moral, intelectual e estética, todas as quais constituem num processo geral de depuramento, o grande processo da cultura humana.
A luta pela vida é algo natural onde todos estão em constante disputa, a cultura busca a harmonização e a superação das diferenças naturais que existem. Ela, a cultura, possibilita corrigir as limitações e irregularidades oriundas do estado natural.
SOBRE O AUTOR
Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC-SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atualmente está em processo de conclusão do curso de bacharelado em Filosofia pela universidade Salesiana Dom Bosco.
Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador da Palestras & Conteúdo, sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio-fundador da Agência Incandescente, sócio-fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal).
Atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu Portfólio). Além de participar de programas de aceleração, como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal) entre outros.
Palestrando desde 2016 sobre temas, como: Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência. Já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2020). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas” e em dezembro de 2020 “Do Caos ao Recomeço”.