Recentemente analisei um estudo feito pelo Instituto Global de Empreendedorismo sobre inovação e novos negócios ao redor do mundo. Neste estudo, o Brasil está no topo com uma incrível marca de 16% da população que se define como empreendedora, porém o mesmo estudo compara o ranking dos mesmos países em relação a inovação.
Neste ranking caímos para o último lugar no estudo que avalia 22 países. Como empreender gerando empresas de impacto em nosso pais ou ainda pelo mundo se inovamos tão pouco? A grande questão deste estudo é a definição do que é empreendedor.
Sabe aquele ser humano inconformado com as mesmas respostas, insatisfeito com a maioria das coisas que compra ou consome, formador de conhecimento e que insiste em novas abordagens para problemas antigos? Pois bem, este é o chamado empreendedor de impacto ou ainda o empreendedor por oportunidade.
Quando alguém com esta mentalidade resolve abrir uma empresa ele não irá abrir mais do mesmo. Nunca será uma opção para ele apenas utilizar algum recurso acumulado como o ponto essencial para a abertura de um negócio. Nestes casos a grande maioria das empresas nascidas não tem nenhum sentido ou mesmo utilidade para o mundo.
QUASE A TOTALIDADE DOS EMPREENDEDORES DESCONHECEM O QUE É EMPREENDER POR OPORTUNIDADE
Mais de 70% de todas as empresas abertas no Brasil partem do princípio da necessidade. Este cenário não é muito diferente no restante do mundo. Quando o motivo que leva alguém a constituir um CNPJ é apenas ganhar alguma remuneração financeira posso garantir que as chances de sucesso neste negócio ou ainda passar pelo vale da morte dos cinco primeiros anos é praticamente impossível.
Chamo este artigo de “nossa defesa em relação ao novo”. Minha reflexão sobre este tema parte basicamente do modelo de negócios das startups. Fico assustado com a quantidade de pessoas falando sobre o tema startups sem almenos saber como de fato o modelo de negócios destas empresas. Porém me assusta ainda mais as pessoas que não conhecem o modelo de startups e mesmo assim, temendo o novo, disparam a proclamar um monte de incoerências ou ainda mentiras sobre o tema.
A verdade é que a grande maioria das empresas tem medo deste modelo de negócios. Por que? Por que agilidade em resolver problemas, testar as soluções desenvolvidas e valida-las com seus clientes monetizando este produto ou serviços é algo feito com tanta velocidade por uma startup que os modelos tradicionais de negócios, sofrem com sua lentidão e burocracia.
“Anos de gestão complicada criam dentro destas estruturas empresas que prezam por tudo menos pela satisfação do cliente.”
Quem já empreende e quem quer empreender, deveria se debruçar sobre o tema das startups com seriedade e honestidade. Não é simples entender como um modelo de negócios tradicional pode adotar o conceito das startups e ganhar a agilidade tão necessária para o mundo de hoje.
NÃO EXISTE UMA FORMULA UNICA MAS PODEMOS TRILHAR O CAMINHO DE QUEM DEU CERTO
Entenda que agilidade não é a falta de qualidade ou correr por correr apenas. Agilidade em uma startup é a capacidade desta mesma de responder as mudanças do mundo e dos clientes para poder colocar no mercado novos produtos ou derivação dos mesmos sem perder a oportunidade do mercado e assim crescer rapidamente em clientes monetizando sempre.
Dias atrás, finalizei a leitura de um livro que pode ajudar aquele leitor que com seriedade quer se debruçar sobre o tema das startups e aprofundar seu conhecimento abrindo novas formas de empreender. Considero um manual moderno de empreendedorismo. O livro é “Startup: Manual do Empreendedor” O Guia Passo a Passo para Construir uma Grande Empresa. Autor, Steve Blank e Bob Dorf.
Convido você leitor a mergulhar neste universo e como chamamos no mundo das startup pivotar (Mudar de Rumo) seu negócio quando necessário aplicando o conhecimento adquirido ou ainda, empreender novamente!
Para conhecer mais o que tenho feito neste universo, acesse www.palestraseconteudo.com.br
SOBRE O AUTOR
Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC-SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atualmente está em processo de conclusão do curso de bacharelado em Filosofia pela universidade Salesiana Dom Bosco.
Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador da Palestras & Conteúdo, sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio-fundador da Agência Incandescente, sócio-fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal).
Atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu Portfólio). Além de participar de programas de aceleração, como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal) entre outros.
Palestrando desde 2016 sobre temas, como: Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência. Já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2020). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas” e em dezembro de 2020 “Do Caos ao Recomeço”.