A queda da liderança tradicional pode ser compreendida também a partir do que teremos enquanto uma liderança do futuro.
Claro, que um modelo de liderança não nasce apenas de um desejo, mas sim de uma percepção de que algo está errado.
Este acredito ser este o ponto de inflexão de tudo que estou falando sobre liderança. Se você parar e de forma sincera refletir sobre o modelo de liderança que você tem sido exposto, qual seria sua opinião?
Gostaria muito de conversar com você e ouvi-lo sobre experiências que viveu com líderes que conheceu.
Destas experiências, quais líderes representaram para você algo que jamais seria replicado em sua vida e quais foram modelos de segmento e propósito que alimentaram sua alma.
É dessa sensação que falo. Atualmente estou envolvido em mais de dez empresas das quais sou sócio. Meu tempo é quase que dedicado a uma única atividade.
Conversar, mentorar e entender o universo de oportunidades dos meus sócios e empresários que veem valor no que faço.
Alimento minha estrutura construída há muitos anos de pessoas que acreditam no que faço. Seja por meus livros publicados, seja por palestras ou mesmo pela ação que tenho nas empresas, acredito fielmente que nossa liderança deve tocar na vida das pessoas.
Quais líderes tocaram em sua vida? A liderança do futuro está fundamentada no relacionamento sincero, neste quesito, ainda temos muito que aprender com as mulheres.
Elas se doam aos relacionamentos de tal forma que nós homens não compreendemos. De maneira geral, precisamos mais sair enquanto homens das nossas tribos dos mesmos e abrirmos ao novo com consciência e não como bandeira de aceitação apenas.
A diversidade em sua totalidade traz um sopro de sabedoria e leveza que a nova liderança precisa urgentemente experienciar.
Quero apresentar a você o primeiro sinal da queda da liderança tradicional, a queda do Poder. O poder corrompe vidas e destroem relacionamento. Venha comigo e não esqueça de interagir com seu ponto de vista em meu blog e nas redes sociais.
O FUTURO DA LIDERANÇA: A QUEDA DO PODER
Lembro da voz forte do meu pai na sala de nossa pequena casa quando ele queria deixar claro quem ali mandava.
Ele sempre foi uma presença muito marcante em minha vida. Meu pai com sua força que era característica forte em sua personalidade ensinou a mim o que era disciplina e foco.
Vindo do Rio de Janeiro começou a trabalhar em São Paulo na antiga companhia municipal de ônibus CMTC.
Lá se aposentou e durante as décadas de trabalho recebeu inúmeros prêmios por sua dedicação. Em casa, construiu com suas próprias mãos a casa em que morávamos.
De pequena virou um sobrado grande que acomodava meus outros três irmãos. Não posso dizer que meu pai era presente em minha vida. Ele era o que podemos chamar de provedor.
Escreveu em seu DNA que o homem é aquele que provém os recursos e lidera sua pequena tribo. Minha mãe, dona de casa, cumpria fiel o modelo da família tradicional dos anos setenta e oitenta.
A distância criada por este modelo lançava apenas luzes do que era o meu pai de verdade. Eu não posso dizer que até meus doze anos eu o conhecia.
Ele era em minha visão o chamado Totem do poder, muito compreendido por Freud. (Sigmund Freud foi um médico neurologista e psiquiatra criador da psicanálise. Freud nasceu em uma família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco.)
Totem e Tabu é, a princípio, uma leitura endereçada aos antropólogos, em que Freud busca analisar a gêneses dos totens, símbolos sagrados e respeitados e dos tabus, proibições de origem incerta, que cercam e cerceiam as liberdades individuais e coletivas de uma determinada sociedade.
Aquele poder exercido por meu pai distanciava todos dele. Apenas em raros momentos eu presenciava minha mãe conversando em situações que eu depois entenderia como uma troca.
Quase que em sua totalidade dos momentos era a opinião dele que prevalecia. Sua força física, verbal e de valores era o que importava.
Neste ambiente, pouco espaço havia para que nosso desenvolvimento fosse realmente algo experienciado, pois era quase sempre importante o desenvolvimento por esta visão de poder imposta.
O poder pelo poder cega e ilude os liderados.
Leia também: A QUEDA DA LIDERANÇA TRADICIONAL
A AUTORIDADE COMO MODELO DE SEGMENTO
Um ponto de inflexão na liderança exercida por meu pai foi o que podemos chamar de momento de ruptura.
Veja, eu não compreendia absolutamente nada do que vou relatar quando eu vivi tudo isso. Foram anos de reflexão, uma pós-graduação em psicanálise e muita terapia para poder perceber tudo isso.
Quando eu tinha pouco mais de doze anos, meu pai foi acometido de um forte câncer. Tudo em decorrência do seu vício já largado do cigarro.
Este câncer apesar de levar quase sua vida, trouxe à tona um novo ser humano. Digo em minhas reflexões que perto dos nossos momentos finais temos a possibilidade de compreender a vida na totalidade. Meu pai fez isso.
Venceu o câncer e literalmente nasceu de novo. Compreendeu que a escuta deveria ser parte essencial da sua vida, que estar presente de verdade era o que valia a pena e que carinho, acolhimento e abraços, são entregas que movem nossa vida.
Meu pai está vivo, não morreu. Ele continua sendo muito importante para minha vida. Mas hoje, digo que o ser humano que conheço é um ser que evoluiu.
Aprendo com ele e vejo que a transição entre que ele fez do poder para a autoridade gerou uma nova forma de seguimento.
Tenho orgulho de estar perto dele e de ser seu filho. Hoje, ele é um líder que eu tenho como exemplo e quero segui-lo.
PARA AONDE VAMOS ENQUANTO LIDERANÇA?
O sentimento que tenho é que o modelo de liderança do futuro que compreende o outro em sua totalidade é o caminho mais seguro para uma realidade mais inclusiva nas empresas, escolas, movimentos e famílias.
Chamo a liderança que compreende o ser humano como o centro de “Liderança Ressignifica”. Ela é a liderança que desejamos para nossa vida.
Se o futuro da liderança passa por uma vertente de valorizar o humano, não podemos deixar de entender que este “humano” que está no centro tem em sua essência valores femininos.
Escuta, acolhimento, autoridade, propósito e segmento. Queremos estar com quem se importa conosco.
Seguiremos apenas os líderes que souberem se conectar com nossa alma.
A queda do poder e o surgimento da autoridade é o primeiro sinal desta transformação. Venha comigo e desvele os cinco sinais para enfim chegarmos a nova liderança.
A “Liderança Ressignifica”.
SOBRE O AUTOR
Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC-SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atualmente está em processo de conclusão do curso de bacharelado em Filosofia pela universidade Salesiana Dom Bosco.
Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador da Palestras & Conteúdo, sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio-fundador da Agência Incandescente, sócio-fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal).
Atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu Portfólio). Além de participar de programas de aceleração, como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal) entre outros.
Palestrando desde 2016 sobre temas, como: Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência. Já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2020). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas” e em dezembro de 2020 “Do Caos ao Recomeço”.