Você já deve estar ciente das inúmeras oportunidades que o mercado de tecnologia oferece para empresas brasileiras. Há pelo menos oito anos, discutimos esse tema neste blog, e já escrevi mais de trinta artigos sobre o assunto. Não pretendo repetir o que já foi dito, mas sim apresentar algumas tendências que reforçam nossa visão.
Leia, comente e reflita: se você atua no segmento de tecnologia, por que ainda não marcou um momento conosco para estudar como podemos criar diferenciais para você em Portugal? Venha conosco e desenvolva uma nova visão de oportunidades neste importante segmento.
HOME OFFICE
O home office é uma das áreas que mais tem crescido, tanto em termos de oferta e implementação de políticas de trabalho remoto quanto em relação à valorização dos colaboradores. A média do mercado totalmente remoto é de 50%, o que faz sentido, considerando a forte componente digital das empresas de TI e as características demográficas da população portuguesa. A forma flexível como o trabalho é encarado, cada vez mais no quesito “quando” e “onde” se faz, torna essa tendência irreversível.
A falta de mão-de-obra na área de TI e a validação do modelo de home office abrem portas para o trabalho remoto internacional, visando mitigar as necessidades de colaboradores, especialmente os mais requisitados. Provavelmente, teremos três zonas principais, de acordo com os fusos horários: uma mais ligada à América, outra à Europa e outra à Ásia. Essa divisão também pode influenciar os salários, dependendo da distância dos colaboradores.
Registrou-se, devido à pandemia e às tendências de work-life balance, uma mudança estrutural do sistema de trabalho presencial para o home office. É importante mencionar que essa transição implica, em parte, menos gastos com estações fixas de trabalho e mais investimento em infraestrutura de TI, permitindo o trabalho remoto. A grande maioria dos colaboradores valoriza a possibilidade de trabalho remoto, e o mercado terá que se preparar para atender a essa necessidade.
Além disso, com a escassez de mão-de-obra nessa área e a validação do modelo de home office, abrem-se portas para o trabalho remoto internacional, visando atender às demandas dos colaboradores, especialmente os mais requisitados.
E-COMMERCE
De acordo com o E-commerce Report de 2022, estima-se que cerca de 5 milhões de adultos portugueses realizaram compras online em 2021, e o total do mercado e-commerce B2C em Portugal atingiu 10 mil milhões de euros no mesmo ano, apresentando um crescimento de 36,2% em relação a 2020.
Esses valores indicam uma aproximação de Portugal aos patamares dos países mais desenvolvidos da Europa no que diz respeito ao e-commerce.
DESAFIOS E DESACELERAÇÃO NO E-COMMERCE
No entanto, esse crescimento tem sofrido uma desaceleração, principalmente no segmento de produtos transacionáveis, devido à abertura irrestrita de espaços comerciais físicos e aos efeitos adversos da guerra na Ucrânia na economia local.
É relevante destacar que, apesar dessa redução, o setor de serviços apresentou um crescimento significativo nos últimos anos, impulsionado pelo fenômeno da pandemia. Finalmente, os portugueses aderiram em massa às compras online, diminuindo a diferença em relação aos países mais desenvolvidos da Europa.
As marcas investem cada vez mais no online, desviando seus recursos publicitários e oferecendo experiências de compra online cada vez mais convenientes.
Segundo os dados do CTT E-commerce Report 2022, 2020 foi o ano do “grande salto” do e-commerce, impulsionado pelo aumento das compras no canal online devido aos longos períodos de confinamento. 2021 foi o ano da consolidação do desenvolvimento do e-commerce.
Já em 2022, observa-se uma clara desaceleração do crescimento do e-commerce em Portugal e a nível mundial, devido à combinação dos efeitos da saída da crise pandêmica e do início da guerra na Ucrânia, com seus efeitos adversos na economia. No entanto, é evidente que Portugal alcançou um patamar muito superior em termos de desenvolvimento do e-commerce em comparação com 2019.
As circunstâncias da pandemia provocaram uma alteração no comportamento do consumidor, transformando 2020 em um marco para o salto do e-commerce em Portugal e a nível mundial.
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: A NOVA EXPERIÊNCIA HÍBRIDA
Os portugueses não apenas aderiram às compras online de forma generalizada, mas também mostraram estar inclinados a uma nova experiência, que podemos chamar de híbrida, na qual o ambiente digital interage com o ambiente físico.
Clientes que compram online agora esperam ter uma experiência que envolve receber os produtos em casa, devolvê-los na loja física, comprar na loja física um produto cujo estoque está alocado à loja online, pesquisar na loja online qual loja física tem o produto em estoque mais próximo e encomendar de manhã para recolher o produto na loja mais próxima à noite.
Essa mudança no comportamento de compra dos consumidores apresenta novos desafios para as marcas: a decisão não é apenas investir nesse canal de venda, mas sim como garantir o futuro da empresa, evitando que outros, especialmente novos entrantes, ocupem seu espaço no mercado.
Encarar a presença digital como a principal vitrine da marca e utilizar os espaços físicos como suporte a esse mercado é a tendência.
DIGITALIZAÇÃO DO TECIDO EMPRESARIAL PORTUGUÊS
O tecido empresarial português tem passado por uma crescente transformação digital.
A pandemia levou 30% das empresas em Portugal a acelerarem seus planos de digitalização e automação. No entanto, atualmente, apenas 37% das empresas nacionais têm uma estratégia de transformação digital alinhada com a estratégia global da empresa, enquanto nos EUA esse número gira em torno de 50%.
As grandes empresas são as que mais tendem a se digitalizar, com uma forte inclinação para automatizar funções de produção, administrativas, front office e TI.
“É crucial acompanhar a transição digital e a mudança para modelos de trabalho flexíveis para torná-la inclusiva, justa e lucrativa. Trata-se de envolver a organização como um todo”, destaca Adecco.
A digitalização é um processo fundamental para as empresas em Portugal, permitindo que elas se adaptem às mudanças no mercado e melhorem a eficiência operacional.
A digitalização envolve a adoção de tecnologias digitais para melhorar a produtividade, a inovação e a experiência do cliente.
Em Portugal, várias empresas estão digitalizando seus processos e serviços para se manterem competitivas no mercado global.
Algumas das principais tendências de digitalização em empresas portuguesas incluem:
E-commerce
O comércio eletrônico está se tornando cada vez mais popular em Portugal, permitindo que as empresas vendam produtos e serviços online e alcancem um público global.
Automação de processos
A automação de processos permite que as empresas digitalizem processos de negócios manuais e repetitivos para melhorar a eficiência e reduzir custos.
Big Data e Analytics
A análise de dados é essencial para as empresas entenderem o comportamento do cliente e tomarem decisões informadas sobre marketing, vendas e operações.
Cloud Computing
A computação em nuvem permite que as empresas acessem recursos de tecnologia da informação sob demanda, permitindo que elas se adaptem rapidamente às mudanças nas necessidades de negócios e melhorem a eficiência e flexibilidade.
Algumas das empresas líderes em digitalização em Portugal incluem a Sonae, a Jerónimo Martins, a Altice Portugal e a Galp Energia. Essas empresas estão digitalizando seus processos e serviços para melhorar a experiência do cliente e permanecer competitivas no mercado global.
Há espaço para sua empresa em Portugal, pense nisso. Como começar essa jornada? Vamos ao próximo ponto.
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A Atlantic Hub criou processos e jornadas que podem contribuir de forma essencial para ajudá-lo a criar seu mercado em Portugal. Convido você a conhecer melhor como podemos ajudá-lo.
O primeiro passo é estudar seu produto ou serviço em Portugal. Para isso, você precisa conhecer nosso estudo de mercado MarketFit. É importante compreender que, tendo o MarketFit um cenário favorável quanto à oportunidade de negócio em Portugal, você deveria seguir para nosso próximo passo.
O segundo passo é conhecer com mais detalhes nosso programa Scale Out. No artigo “Programa Scale Out”, aprofundo essa jornada e crio os pilares para você iniciar sua internacionalização para a Europa. Conexões com leads reais, desenho da proposta comercial e acompanhamento de campo. Comece hoje mesmo estudando seu mercado conosco para começarmos corretamente essa nova fase da sua empresa e da sua vida.
O passo seguinte é marcar um momento conosco e conversarmos sobre as melhores estratégias para você, sua empresa e sua família.
Tenha certeza de que você está com quem conhece a Europa e construiu bases sólidas em Portugal. Nosso time terá o maior prazer em ajudá-lo nesse processo.
Forte abraço e deixe seu comentário para nós.
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SOBRE O AUTOR
Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP e Filosofia pela Universidade Dom Bosco. Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios. Pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups). Sócio fundador da Agência Incandescente e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis, ambos em Portugal. Atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”. Em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “ Metamorfose Empreendedora”.