WITTGENSTEIN E SUA FILOSOFIA

Wittgenstein foi o filósofo mais importante do século XX, com apenas uma obra publicada durante a sua vida, seu livro “Tractatus Logico-Philosophicus 1921”. Porém, em 1929, começou a negar algumas teses expostas nele, mais tarde, dois anos após a sua morte, o manuscrito de um segundo livro, foi publicado com o título “Investigações filosóficas”.

Nele se encontram esboçadas posições novas que, mesmo derivando do Tractatus, se afastam dele, às vezes em pontos essenciais.

Em “Tractatus Logico-Philosophicus” – um conjunto de aforismos e corolários divididos de 1 a 7 -, Wittgenstein tenta romper com a visão tradicional da filosofia, que vê o mundo como um mero agregado de coisas que podem ser pensadas de modo independente umas das outras.

No caso de Wittgenstein, no entanto, entre as duas fases de sua filosofia não há transformação, mas ruptura e inovação, tanto em relação a si mesmo quanto em relação à tradição filosófica, a qual na primeira fase, seu pensamento está consoante.

Existe uma ruptura de pensamento entre as produções filosóficas de Wittgenstein, diferentemente de outros filósofos, ele não deu continuidade às suas primeiras “ambições” filosóficas, chegando a negar algumas teses de sua primeira obra, com isso seu pensamento se dividiu em duas etapas ou duas fases.

Ele produziu o sistema original da filosofia da linguagem. Defendia inicialmente que as palavras representam coisas, segundo acordo social. No entanto, acabou por rejeitar essa ideia. Passou a acreditar que o uso era mais importante do que a convenção.

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 WITTGENSTEIN E A LINGUAGEM DO MUNDO

A linguagem em Wittgenstein pode ser entendida, em certo sentido, como uma realidade refratada do mundo, sobretudo das relações entre coisas, e esse ponto de vista implica que a linguagem não é redutível a dados de funcionamento interno independentes, mas da sua relação lógica com a realidade

Para ele, toda proposição é essencialmente verdadeira/falsa e para entendê-las, nós devemos conhecer tanto o que é necessário para elas serem o caso, quanto o que deve ser o caso se elas forem falsas.

Assim, o argumento de Wittgenstein parece ser: os limites de minha linguagem são os limites de meu mundo; mas toda linguagem tem uma e mesma lógica, de modo que seus limites são os limites do mundo; assim, os limites de meu mundo e do mundo são um só; por conseguinte, sem incorrermos em solipsismo, o mundo é meu mundo.

AUTOR:

BENÍCIO FILHO

Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC-SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atualmente está em processo de conclusão do curso de bacharelado em Filosofia pela universidade Salesiana Dom Bosco.

Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador da Palestras & Conteúdo, sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio fundador da Agência Incandescente, sócio fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal).

Atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu Portfólio). Além de participar de programas de aceleração, como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal) entre outros.

Palestrando desde 2016 sobre temas, como: Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência. Já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2020). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas” e em dezembro de 2020 “Do Caos ao Recomeço”.