A FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO COMO RESPOSTA A TEORIA DA DEPENDÊNCIA

Mesmo atualmente, a temática da libertação da América Latina continua muito intensa e atual. Pensar nela é pensar no filósofo Enrique Dussel que há muitos anos já construía seu pensamento.

Em sua perspectiva, ele desenvolve sua Filosofia da Libertação, a qual propõe reexaminar a crítica com base na negatividade, na materialidade e a partir da perspectiva do outro ou, como afirma o autor da vítima, que assim se constitui por ser alguém a quem a voz foi negada.

Assim é desenvolvida uma tentativa de superar o etnocentrismo dos direitos humanos, permitindo um diálogo entre as culturas, superando a ideia eurocêntrica dos direitos humanos e a ampliando para uma visão além do Ocidente, de forma a se evitar uma limitação da experiência a um único processo.

Assim, a Filosofia da Libertação é exatamente um esforço teórico e político que visa ao reconhecimento dos sujeitos como vítimas desse processo de exclusão. E mais, não apenas o reconhecimento daqueles que oprimem, mas o próprio reconhecimento ou a consciência de sua condição de vítima.

Tendo surgido como movimento na década de 60 e 70, podemos ainda dizer que existe um correlato da Filosofia da Libertação e a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire.

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A FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO DA DEPENDÊNCIA

A Teoria da Dependência surgiu no quadro histórico latino-americano do início dos anos 1960, como uma tentativa de explicar o desenvolvimento socioeconômico na região, em especial a partir de sua fase de industrialização, iniciada entre as décadas de 1930 e 1940.

O principal conceito da teoria da dependência é o de que existe uma relação de subordinação entre países no sistema capitalista. Em uma posição de domínio estão as chamadas economias “centrais” os países da Europa, Estados Unidos, Japão.

Não se pode, no entanto, ignorar que muito além da dependência econômica também sofremos durante décadas, tamanha influência cultural que nos dias atuais é um enorme exercício de compreender o que é realmente algo latino-americano ou apenas uma derivação do que nos foi imposto.

A Filosofia da Libertação idealizada por Husserl parte dos pilares expostos criando um ambiente de debate no qual a América Latina tem seu protagonismo.  

SOBRE O AUTOR

Benício Filho

Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC-SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atualmente está em processo de conclusão do curso de bacharelado em Filosofia pela universidade Salesiana Dom Bosco.

Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador da Palestras & Conteúdo, sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio-fundador da Agência Incandescente, sócio-fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal).

Atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu Portfólio). Além de participar de programas de aceleração, como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal) entre outros.

Palestrando desde 2016 sobre temas, como: Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência. Já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2020). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas” e em dezembro de 2020 “Do Caos ao Recomeço”.