A governança corporativa tem sido uma força motriz na evolução das empresas brasileiras. Entretanto, para alcançar a longevidade e competitividade global, é imprescindível que as organizações implementem estruturas robustas, como os conselhos consultivos, em suas práticas de governança.
Neste artigo, vamos explorar como a governança, o papel dos conselhos consultivos e a internacionalização estão interligados, oferecendo uma base para o crescimento sustentável e estratégico.
A necessidade de conselhos consultivos na governança brasileira
Empresas brasileiras, especialmente as familiares ou de médio porte, frequentemente enfrentam desafios como sucessão, profissionalização e adaptação a novos mercados. O conselho consultivo surge como uma ferramenta estratégica para abordar essas questões.
Ele atua como um fórum de reflexão estratégica, orientando as empresas em decisões críticas sem interferir diretamente na gestão operacional. Para organizações que buscam internacionalização, um conselho consultivo pode conectar a empresa a práticas globais e redes de mercado, preparando-a para competir em cenários externos mais complexos.
O que é governança e por que ela importa?
Governança corporativa refere-se ao conjunto de práticas e estruturas que orientam a gestão e a operação de uma empresa com transparência, responsabilidade e eficiência. Segundo o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), a adoção dessas práticas é crucial para criar valor e garantir a sustentabilidade das organizações no longo prazo.
Em um ambiente globalizado, onde a competitividade é acirrada, a governança é um alicerce que dá às empresas a credibilidade necessária para atrair parceiros internacionais e investidores.
Conselhos consultivos: uma ponte entre visão e execução
Diferente dos conselhos de administração, os conselhos consultivos não possuem poder deliberativo, mas oferecem insights estratégicos fundamentais. Essa estrutura é ideal para empresas em transição ou que buscam amadurecer suas práticas de governança.
Com a diversidade de experiências e especializações, os conselheiros consultivos ajudam na identificação de oportunidades internacionais e na mitigação de riscos associados a novos mercados. Para empresas familiares, eles também desempenham um papel vital na mediação de conflitos e na preservação da visão de longo prazo.
Governança como catalisadora da internacionalização
Uma governança sólida é um pré-requisito para empresas que desejam se expandir internacionalmente. Estruturas bem definidas atraem investidores estrangeiros, garantem conformidade com regulamentações globais e fortalecem a reputação organizacional.
Conselhos consultivos, com membros que têm experiência internacional, podem preparar as empresas para navegar em mercados complexos, identificar tendências globais e se adaptar a diferentes culturas de negócios.
Casos práticos: conselhos consultivos na preparação para o futuro
Empresas como a Romagnole e a APSA mostraram que conselhos consultivos podem ser etapas essenciais na transição para estruturas mais avançadas, como conselhos de administração. Em ambos os casos, os conselhos ajudaram a alinhar a visão estratégica das empresas às demandas do mercado e aos desafios de expansão, mostrando que a governança bem planejada é um diferencial competitivo para a internacionalização.
Preparando empresas brasileiras para o mercado global
Para empresas que visam a internacionalização, a formação de conselhos consultivos é uma estratégia inteligente e acessível. Um conselho bem estruturado pode ajudar na criação de um plano de expansão global, identificar parceiros estratégicos e garantir que as decisões estejam alinhadas às melhores práticas internacionais. Sua presença reforça a credibilidade da empresa perante stakeholders globais.
Um chamado à ação
O futuro das empresas brasileiras está ligado à sua capacidade de se reinventar e se adaptar. A implementação de conselhos consultivos e a adoção de práticas de governança não devem ser vistas como luxo, mas como uma necessidade estratégica para quem deseja prosperar em mercados internacionais.
Conselhos consultivos não apenas trazem conhecimento externo e independente, mas também criam um ambiente de reflexão e crescimento contínuo, posicionando as empresas para se destacarem em um mundo globalizado. O investimento em governança e na formação desses conselhos é, sem dúvida, um passo essencial para transformar empresas locais em players globais.
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Forte abraço e até o próximo conteúdo.
Leia também: COMO CRIAR UMA VISÃO ESTRATÉGICA EM UM CONSELHO CONSULTIVO PARA A SUA EMPRESA?
SOBRE O AUTOR
Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP e Filosofia pela Universidade Dom Bosco. Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios. Pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups). Sócio fundador da Agência Incandescente e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis, ambos em Portugal. Atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”. Em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “ Metamorfose Empreendedora”.