Uma das respostas mais comuns que temos que responder em nosso dia a dia na Atlantic Hub vem de empresários que querem saber quais os melhores segmentos para internacionalizar.
Vale a pena pensar que o Brasil tem posição internacional com suas empresas há muitas décadas. Algumas delas têm presença internacional há mais de cinquenta anos.
Quando olhamos segmentos prestadores de serviços recentemente também começamos a ver uma internacionalização destas empresas.
Produtos brasileiros para o mundo também não podemos dizer que isso seja algo novo. Em alguns segmentos, como o agronegócio, o mercado externo é inclusive o maior dessas companhias.
Algumas delas despontam como as maiores dos seus segmentos no mundo. O Grupo JBS, por exemplo, é a maior empresa de produção e comercialização de proteína animal do planeta.
Você empresário que tem um negócio no Brasil, será que você poderia internacionalizá-lo?
Escrevi bastante sobre o processo de internacionalização que acreditamos. Você pode conferir em nosso blog mais de uma centena de boas práticas para ajudá-lo no momento de internacionalizar.
Mas a pergunta é? Quais segmentos têm mais aderência com Portugal pensando neste país como porta de entrada para o mundo.
Vamos apresentar alguns dos melhores segmentos para internacionalizar que tenho certeza de que podem trilhar um bom caminho para outros países e continentes.
OS MELHORES SEGMENTOS PARA INTERNACIONALIZAR JÁ VALIDADOS APRESENTAM BOA OPORTUNIDADE
Como começamos este artigo, segmentos já validados reservam boa oportunidade. Você não precisa desbravar em um segmento que já tem aderência.
Cito como exemplo produtos brasileiros que já detém mercado consumidor fora do Brasil. Talvez um caso clássico recente é o AÇAÍ. Mas as frutas brasileiras em geral tem aceitação muito boa em quase todo o planeta.
Internacionalizar neste caso parece se confundir com exportação. Separando aqui uma coisa da outra, exportação pressupõe quase que apenas definir o distribuidor e acessar os clientes.
Em segmentos em que já existe mercado para os produtos, não tenha dúvida que seu desafio será competir com quem já está instalado se exportar for sua opção.
Preço é com certeza essencial e qualidade não é diferencial. Os produtos para exportação são os melhores em todos os controles, assim, qualidade você deverá ter em alto patamar, pois isso é básico.
Internacionalização é bastante diferente de exportação. Internacionalizar é abrir base operacional tendo uma proposta de valor construída claramente para aquele mercado.
Não confunda uma coisa com a outra. E esse também é um ponto importante no processo.
Outro segmento bastante utilizado em muitos mercados de Portugal não é diferente disso são os produtos da culinária brasileira.
Em outros casos, quando analisamos uma indústria que tem presença internacional, percebemos que em muitos casos ela apenas está presente em determinado país, pois já existe um ecossistema no qual ela está inserida.
Não posso chamar, por exemplo, o Hub de empresas criadas pela Embraer em Évora Portugal como um processo de internacionalização.
As empresas que compõem este Hub fazem parte de um cluster da própria Embraer.
Leia mais: ERROS E ACERTOS EM INTERNACIONALIZAR SUA EMPRESA
AS INDÚSTRIAS BRASILEIRAS PODEM SER INTERNACIONALIZADAS
Apesar da desindustrialização do Brasil nas últimas décadas, muitas indústrias brasileiras têm tecnologia de ponta e produtos com alto mercado consumidor em continentes como na Europa.
No caso do agronegócio, por exemplo, muitas indústrias brasileiras ligadas à produção de insumos para o cultivo de inúmeras culturas poderiam ser internacionalizadas com um bom projeto para isso.
Em segmentos como o da indústria metal mecânica, temos excelência e tecnologia. Enquanto muitas destas indústrias agonizam no Brasil poderiam estar desenvolvendo projetos para mercados em desenvolvimento a partir de Portugal.
Cito o caso de empresas que instaladas em Portugal prestam serviço para empresas no continente africano.
OS MELHORES SEGMENTOS PARA INTERNACIONALIZAR: PRODUTOS BRASILEIROS TÊM MERCADO FORA DO BRASIL?
Móveis de madeira de Minas Gerais, Mel do nordeste do Brasil, Tapioca, Cafés com pureza e características únicas, artesanato no Norte do Brasil e etc.
Existe uma gama de produtos brasileiros que podem, sim, ter mercado na Europa. Mas repito à exaustão. Não podemos acreditar em paixões quando falamos em internacionalização.
Apenas com um estudo de aderência e diagnóstico de mercado, podemos ter clareza diante de qual oportunidade estamos.
EMPRESAS DE TI PODEM ESTAR PERDENDO UMA GRANDE OPORTUNIDADE
Em nossos anos de experiência internacionalizando empresas, quando nos debruçamos sobre um projeto que esteja ligado a tecnologia, nossos olhos brilham.
As chances de sucesso destes projetos são altíssimas. Desde a fábrica de softwares e consultorias o mercado é imenso.
Portugal claro é apenas a ponta para estas empresas uma vez instaladas abrirem outros países. A correta proposta de valor para a Europa é que nós podemos ser o diferencial entre o insucesso e a concretização de uma operação.
Temos duas dezenas de casos para apresentar a você. Convido para marcar um momento e refletirmos sobre sua empresa e a oportunidade.
Bem, se a sua resposta foi sim, agende um momento para conversarmos e juntos discutiremos seu futuro em Portugal.
Forte abraço!
SOBRE O AUTOR
Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC-SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atualmente está em processo de conclusão do curso de bacharelado em Filosofia pela universidade Salesiana Dom Bosco.
Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador da Palestras & Conteúdo, sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio-fundador da Agência Incandescente, sócio-fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal).
Atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu Portfólio). Além de participar de programas de aceleração, como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal) entre outros.
Palestrando desde 2016 sobre temas, como: Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência. Já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2020). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas” e em dezembro de 2020 “Do Caos ao Recomeço”.