Era um dia de sol. Sol esse que sempre me mostra um bom motivo para acreditar que algo pode mudar ou que o novo pode despontar. É engraçado como também gosto de olhar a lua e pensar em como este astro tão distante pode influenciar a nossa vida.
Caindo em si sem destinar a ninguém o que posso mudar, levanto a cabeça e continuo a caminhar. Caminhar provavelmente tenha sido o que eu mais fiz nestes últimos 30 anos. Quando se caminha, pode-se ter dois objetivos: caminhar apenas por caminhar ou ter um objetivo para o caminhar.
Um dia de sol, resolvi que não iria mais apenas caminhar. Entendi que precisamos saber o que queremos. Foi desta forma, que decidi que iria caminhar de fato. Já estava perto dos quarenta anos quando decidi que era caminhando que tentaria ressignificar aquilo que chamamos de vida. Uma esposa linda, dois filhos maravilhosos e uma baita satisfação profissional, então por que caminhar…?
VIDAS RESSIGNIFICADAS E O AUTOCONHECIMENTO
Aquele dia de sol, parecia arder na mente. Sim, a verdade arde quando se olha no espelho. A verdade não se esconde quando olhamos nós mesmos sem máculas, escuridão ou silêncio.
Ao reconhecer o que somos e para que estamos aqui, descobrimos que algumas coisas que parecem belas, escondem na verdade o que gostaríamos que fosse. Aquele tão sonhado sol em alguns casos fica reluzente como a lua que tem a sua beleza, mas quem nasceu para ser sol, jamais pode ser lua.
Já fazia sol quando acordei naquele dia, olhei pela janela e ele estava lá reluzente. Disse a mim mesmo, este Sol é para mim! Decidi que iria caminhar e a vida me apresentou outros oito irmãos que decidiram juntos comigo seguir essa jornada.
Sem saber ao certo porque, mas entendendo que era o sol e em alguns momentos a lua o nosso guia, iríamos caminhar no silêncio ou como em muitos casos no cantar dos pássaros, ou no vento impetuoso. Iríamos descobrir em nossa humanidade aquilo que alguns chamam de vida e nós decidimos que chamaríamos de viver.
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VIDAS RESSIGNIFICADAS E A BELEZA OCULTA
Às vezes o sol que parece reluzir some, porém algo de Sagrado nestes momentos mesmo que em silêncio ocupa o lugar do astro Rei como algo que nos lembra a força criadora.
Não percebemos por que em nossas jornadas deixamos de compreender o belo. Voltamos o nosso olhar para o imediato e não percebemos o que realmente vale a pena. Chamo de beleza oculta tudo que os nossos olhos não veem, ou ainda nossa razão nos trai. Enxergar com o coração é ver o sol onde alguns enxergam apenas a lua.
Vislumbrar o astro do dia à medida que caminhamos, isso sim foi um aprendizado da jornada. Caminhando, descobrimos a dor desse ato e na dor percebemos nossa humanidade. Enfim, é sempre na angústia que enxergamos ou afundamos a nossa verdade.
Custa caro olhar nos olhos da verdade. Na jornada é impossível não se deparar com a verdade, ela se faz presente sempre da forma mais simples no outro que quase sempre ignoramos.
Ao encontrar o sol, encontramos quem somos, ao vê-lo, descobrimos o que queremos ao sentir ele, nasce um novo ser. Foi em um dos momentos da jornada que batizei a todos. Neste batismo, aquele que era Ser virou Sol.
Quando se entende o sol, nós nos entregamos como seres. Neste momento, apenas o AMOR reina. Experienciar o Amor é fazer a experiência do Sol. Deus é Sol, sol é vida em plenitude.
Caminhando na jornada, podemos se quisermos ver o sol, mas lembre-se. Ele está sempre lá, quem se ofusca na sua sombra somos nós, pois afinal, vê-lo pode ser intenso ao ponto de deixar marcas.
Quem ama compreende o sol. Quem vive o amor o sente e quem compreende isso, jamais fecha as janelas para ele.
Vidas Ressignificadas…
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SOBRE O AUTOR
Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC-SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atualmente está em processo de conclusão do curso de bacharelado em Filosofia pela universidade Salesiana Dom Bosco.
Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador da Palestras & Conteúdo, sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio-fundador da Agência Incandescente, sócio-fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal).
Atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu Portfólio). Além de participar de programas de aceleração, como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal) entre outros.
Palestrando desde 2016 sobre temas, como: Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência. Já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2020). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas” e em dezembro de 2020 “Do Caos ao Recomeço”.