SÍNTESES PASSIVAS E A FENOMENOLOGIA DO CORPO

Antes de avançarmos sobre o tema, vale a pena pontuar que o método fenomenológico foi proposto pelo filósofo alemão Edmund Husserl, como uma crítica ao método indutivo e ao método dedutivo. 

A crítica de Husserl se estendia também ao método experimental, já que, para o filósofo, a instabilidade dos dados empíricos não fornecem o rigor necessário para a investigação filosófica.

Cabe agora destacar que  síntese passiva seria como um cenário que dá sentido ao personagem e o faz existir em seu sentido maior, mais pleno, até mesmo porque o personagem é antes de tudo uma síntese que o corpo, em si mesmo, se mostrou competente tanto na produção quanto na representação.

A fenomenologia das sínteses ativas por sua vez é aquela fenomenologia da consciência intencional e seus objetos intencionais, onde a consciência é ativa na produção do conhecimento, ela produz a ação que leva à formação da ideia, da representação mental. 

A ideia é produto de uma ação intencional da consciência, por isso se diz síntese ativa. Síntese ativa é aquela síntese que, ativamente, produz a representação mental na estrutura intencional da consciência.

A IMPORTÂNCIA DA SÍNTESE ATIVA E O CORPO

Na síntese passiva não há ação por parte da consciência, ela não produz uma síntese, ela não ativa, ela não entra na jogada. 

Quem entra na jogada da síntese passiva é o corpo. O corpo é passivo em relação às impressões que ele recebe. O corpo recebe impressões de seu entorno. O corpo recebe impressões de realidade. Por receber tem este caráter passivo, a realidade é ativa e produz a impressão, já o corpo é passivo e recebe a impressão.

Parece ser que este é o ponto de partida do conhecimento, a impressão gera uma modificação nos sentidos que chama a atenção e faz com que a consciência focal se aproprie disso ativamente na forma intencional de objeto de consciência.

Nesse sentido, essa impressão de realidade no corpo passivo é chamada de impressão originária, já que parece que tudo começa assim, com uma impressão que pelos sentidos é elevada a objeto intencional de uma consciência ativa.

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Forte abraço e até o próximo conteúdo. 

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SOBRE O AUTOR

BENÍCIO FILHO

Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atualmente também está concluindo o curso de bacharelado em Filosofia pela universidade Salesiana Dom Bosco.

Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador dá Palestras & Conteúdo, Sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio fundador da Agência Incandescente, sócio fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal), atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu Portfólio), além de participar de programas de aceleração como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal) entre outros.

Palestrando desde 2016 sobre temas como Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência, já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2020). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas” e em dezembro de 2020 “Do Caos ao Recomeço”.

Construir conhecimento só é possível quando colocamos o aprendizado em prática. O mundo está cansado de teorias que não melhoram a vida das pessoas. Meus artigos são fruto do que vivo, prático e construo.