O mercado de clínicas médicas em Portugal está em crescimento, impulsionado por vários fatores, tais como o envelhecimento da população, o aumento do acesso a cuidados de saúde privados e a crescente procura por serviços médicos especializados.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2021, havia aproximadamente 6.000 clínicas médicas em Portugal, representando um aumento de 10% em relação a 2019. O setor emprega cerca de 100.000 pessoas e gera cerca de 2,5 mil milhões de euros em receitas anuais.
O mercado de clínicas médicas é dominado por um pequeno número de grandes empresas, como a Lusíadas Saúde, CUF Saúde e o Hospital da Luz.
No entanto, também existem um número significativo de clínicas médicas independentes, muitas das quais se especializam em áreas específicas da medicina, como dermatologia, oftalmologia e cardiologia, entre outras. O mercado de clínicas médicas é competitivo, mas possui um grande potencial de crescimento.
A procura por cuidados de saúde privados está em ascensão, e as clínicas médicas estão se adaptando às novas necessidades dos pacientes, oferecendo uma gama mais ampla de serviços e maior comodidade.
O futuro do mercado de clínicas médicas em Portugal é promissor. O setor está bem posicionado para continuar a crescer, beneficiando-se do envelhecimento da população, do aumento do acesso a cuidados de saúde privados e da crescente procura por serviços médicos especializados.
Neste artigo, apresentaremos dados e estatísticas sobre a saúde em Portugal, principalmente relativos a 2021, obtidos no contexto do Sistema Estatístico Nacional e de outras fontes.
Se você trabalha na área de clínica médica, leia atentamente. Você está diante de uma ótima oportunidade de expansão dos seus negócios ou mesmo de uma nova perspectiva de carreira.
Apresentaremos a você três tendências para ajudá-lo a tomar essa decisão.
TENDÊNCIA I – SEGURADORAS PRIVADAS
Para as seguradoras privadas, a inclusão de consultas em clínicas ajuda a reduzir os custos com cuidados de saúde e problemas médicos.
Existem muitas seguradoras privadas em Portugal, e algumas das maiores incluem a Medicare, Multicare, Médis, Well’s, Saúde Prime, Agilcare, Plano de Saúde EDP, MetLife, Tranquilidade e Ageas Saúde, April Portugal. Essas seguradoras oferecem uma variedade de produtos de seguro, incluindo seguro de saúde, seguro de automóvel, seguro de casa, seguro de vida e seguro de viagem.
O mercado de seguros privados em Portugal está crescendo rapidamente. De acordo com a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), o mercado de seguros privados cresceu 10,2%, atingindo 20,7 bilhões de euros em 2021. O crescimento do mercado é impulsionado por diversos fatores, como o aumento da renda, a conscientização sobre o seguro e o aumento da concorrência.
O aumento da renda é um dos principais impulsionadores do crescimento do mercado de seguros privados em Portugal. À medida que a renda das famílias aumenta, elas estão mais inclinadas a adquirir seguros para proteger seus bens e entes queridos.
O aumento da conscientização sobre o seguro também é um fator importante que impulsiona o crescimento do mercado.
À medida que as pessoas compreendem melhor os benefícios do seguro, estão mais propensas a adquiri-lo. O aumento da concorrência também desempenha um papel crucial no crescimento do mercado. Com mais seguradoras ingressando no mercado, elas tendem a oferecer produtos inovadores a preços competitivos. O mercado de seguros privados em Portugal é altamente competitivo, com várias seguradoras oferecendo uma ampla gama de produtos.
O mercado continua crescendo rapidamente, impulsionado por uma série de fatores, incluindo o aumento da renda, a conscientização sobre o seguro e a concorrência acirrada.
TENDÊNCIA II – ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO
O envelhecimento demográfico é um fenômeno global que afeta Portugal há várias décadas. A população portuguesa está envelhecendo devido a uma combinação de fatores, incluindo a queda da taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida.
Em 2021, a população portuguesa com 65 anos ou mais representou 22,3% da população total, e esse número está projetado para aumentar para 30,6% em 2050. O envelhecimento demográfico tem um impacto significativo na sociedade portuguesa, pois aumenta a demanda por cuidados de saúde, habitação e serviços sociais. Também tem um impacto na economia, pois diminui a força de trabalho e aumenta a carga fiscal.
O governo português está adotando medidas para mitigar os efeitos do envelhecimento demográfico, como o investimento em educação e formação para aumentar a qualificação da população ativa, a promoção da integração de imigrantes no mercado de trabalho, o reforço dos serviços de cuidados de saúde e apoio social, bem como o investimento em habitação e infraestruturas adaptadas às necessidades dos idosos.
Apesar das medidas adotadas pelo governo, o envelhecimento demográfico continuará a ser um desafio para Portugal nas próximas décadas. É importante que o governo e a sociedade portuguesa se preparem para esse desafio, garantindo que Portugal continue sendo um país próspero e justo.
Alguns dados adicionais sobre o envelhecimento demográfico em Portugal:
A população idosa está crescendo a uma taxa mais rápida do que a população jovem. Em 2050, espera-se que haja 5,3 milhões de idosos em Portugal, representando 30,6% da população total. O envelhecimento demográfico está tendo um impacto significativo na economia portuguesa, diminuindo a força de trabalho e aumentando a carga fiscal.
O governo português está adotando medidas para mitigar os efeitos do envelhecimento demográfico, mas é fundamental que o governo e a sociedade portuguesa se preparem para esse desafio, a fim de garantir que Portugal continue sendo um país próspero e justo.
TENDÊNCIA III – ATENDIMENTO HUMANIZADO
O atendimento humanizado na saúde é uma abordagem essencial para garantir que os pacientes sejam tratados com respeito, empatia e cuidado. Em Portugal, assim como em outros países, a humanização dos serviços de saúde tem sido uma preocupação crescente nos últimos anos.
Vários aspectos são considerados na busca pela humanização do atendimento na saúde em Portugal. Incentiva-se uma comunicação aberta e transparente entre médicos e pacientes, o que fortalece a relação entre médico e paciente, permitindo que os últimos expressem suas preocupações e compreendam melhor sua condição médica e opções de tratamento.
Garante-se que cada paciente seja tratado com dignidade e respeito, independentemente de sua condição socioeconômica, origem ou qualquer outra característica. Profissionais de saúde são encorajados a reservar tempo suficiente para cada paciente, dedicando atenção às suas necessidades. Promove-se a colaboração entre diversos profissionais de saúde para garantir uma visão holística do paciente, com uma abordagem multidisciplinar e a melhor solução terapêutica possível.
Criam-se ambientes acolhedores e confortáveis em hospitais e centros de saúde, proporcionando acolhimento e conforto, de modo a tornar a experiência do paciente mais positiva. Pacientes são devidamente informados sobre sua condição médica, tratamento e prevenção, através da educação do paciente, permitindo que se tornem parceiros ativos em seu próprio cuidado. Disponibilizam-se informações claras e acessíveis sobre os serviços de saúde e procedimentos médicos, garantindo que os pacientes tenham conhecimento sobre seus direitos e opções de cuidado.
A implementação de uma abordagem humanizada na saúde requer o engajamento de todos os profissionais de saúde, gestores, pacientes e a sociedade em geral. É uma filosofia que busca colocar o bem-estar do paciente no centro das atenções, priorizando a qualidade do cuidado e a melhoria da experiência de saúde de cada indivíduo.
O “Médico de Família” desempenha um papel fundamental no sistema de cuidados primários. Também conhecido como “Médico de Clínica Geral” ou “Médico de Medicina Geral e Familiar”, esse profissional é responsável por oferecer cuidados médicos abrangentes e coordenados aos pacientes, ao longo de diferentes fases da vida, com um enfoque especial na atenção preventiva e na promoção da saúde.
Principais responsabilidades do Médico de Família em Portugal
Cuidados Primários
O Médico de Família é o primeiro ponto de contato para os pacientes no sistema de saúde português. Ele atua como uma “porta de entrada” para os cuidados médicos, sendo o profissional inicialmente procurado pelos pacientes para suas necessidades de saúde.
Consultas médicas
Realiza consultas regulares com os pacientes para avaliar sua saúde geral, diagnosticar doenças e oferecer tratamentos adequados. Também trata de condições médicas crônicas e agudas.
Acompanhamento contínuo
O Médico de Família é responsável por acompanhar a saúde do paciente ao longo do tempo, monitorando seu progresso, ajustando tratamentos conforme necessário e encaminhando a outros especialistas, se necessário.
Atenção preventiva
Foca na prevenção de doenças e promoção da saúde, incentivando práticas saudáveis e a realização de exames preventivos.
Coordenação de cuidados
Quando os pacientes necessitam de cuidados especializados, o Médico de Família é responsável por coordenar e integrar os serviços de diferentes especialistas.
Prescrição de medicamentos
Emite receitas médicas e controla a prescrição e o uso adequado de medicamentos.
Aconselhamento em saúde
Fornece orientações aos pacientes sobre questões de saúde, estilo de vida e bem-estar.
Para se tornar um Médico de Família em Portugal, é necessário completar a formação em Medicina Geral e Familiar e obter especialização nessa área. O acesso a esses cursos é realizado por meio de concursos de seleção após a graduação em medicina. Essa especialidade médica é altamente valorizada no sistema de saúde português por seu papel crucial na promoção de uma atenção médica de qualidade e orientada para o paciente.
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SOBRE O AUTOR
Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP e Filosofia pela Universidade Dom Bosco. Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios. Pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups). Sócio fundador da Agência Incandescente e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis, ambos em Portugal. Atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”. Em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “ Metamorfose Empreendedora”.
